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Notícias Os professores da rede pública do Rio Grande do Sul entram em greve a partir desta segunda-feira

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Paralisação foi decidida em assembleia-geral na Praça da Matriz, em Porto Alegre. (Foto: Divulgação/Cpers-Sindicato)

O pacote de medidas protocolado na Assembleia Legislativa pelo governado gaúcho para reestruturar as carreiras do funcionalismo estadual não motivou apenas um dia inteiro de protestos por parte dos professores da rede pública estadual, na semana passada. Em assembleia-geral, eles também tomaram uma decisão drástica: entrar em greve a partir desta segunda-feira.

Se depender do Cpers-Sindicato, que representa a categoria, esta será uma das mais fortes paralisações que o Rio Grande do Sul já viu. A orientação da entidade é para que as crianças e adolescentes não sejam enviadas às cerca de 2,5 mil escolas estaduais, “até por uma questão de segurança, evitando que encontrem a escola vazia”.

Já a Seduc (Secretaria Estadual de Educação) garante não ter sido notificada formalmente sobre a paralisação, ao menos até o fim da noite desse domingo, e recomenda que os alunos compareçam às instituições de ensino. Também orienta que, em caso de dúvida, sejam procurados diretamente os respectivos diretores dos colégios.

“O governador quer guerra, então ele vai ter”, conclamou a presidente da entidade, Helenir Schürer, durante assembleia-geral na Praça da Matriz, em Porto Alegre, na quinta-feira. “É um direito de todos trabalhadores. Quem não sabe de seus deveres é o governador Eduardo Leite, que atrasa os nossos salários todos os meses.”

Durante o encontro, foi definido um comando de greve, que será integrado por um representante de cada força política que compõe o sindicato. E já nesta segunda-feira será intensificada a pressão a deputados e vereadores para que aprovem moções de repúdio ao pacote do Executivo, que prevê alterações no Plano de Carreira do Magistério, no Estatuto do Servidor Público e na Previdência Estadual. Até o momento, mais de 70 municípios já aprovaram iniciativa dos professores.

“O governador Eduardo Leite quer penalizar ainda mais a nossa categoria, que já sofre com o parcelamento e o atraso dos salários e não tem um centavo de reajuste há anos. Ele quer que a gente pague pela crise do Estado. Não podemos pagar esta conta. Se este pacote passar, nosso salário ficará ainda menor e serão retirados direitos históricos”, observou a professora da escola Darcy Peixoto da Silveira, do município de Cristal, Juliana Corvello Lacerda.

Servidores

O MUS (Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul) também se manifestou. Por meio de um comunicado com as rubricas de mais de 60 entidades ligadas ao funcionalismo estadual, a entidade acusa o governo gaúcho de montar um pacote de projetos que é “o primeiro passo para exterminar os servidores e inviabilizar os serviços públicos”.

A nota também questiona os números supostamente desencontrados entre o Palácio Piratini e o TCE (Tribunal de Contas do Estado) a respeito dos índices de receita do Executivo estadual necessários para cobrir as despesas com a folha do funcionalismo. O movimento também por que o pacote encaminhado ao Legislativo não destaca o combate à sonegação que, na avaliação do MUS, retira dos cofres públicos mais de R$ 8 bilhões por ano.

O Movimento alerta que as medidas apresentadas por Eduardo Leite devem ter efeito direto sobre 72% dos servidores estaduais, que tem renda média de R$ 2;772. Entidades que defendem os militares também se manifestaram contrárias aos projetos, informando que nesta terça-feira deve ser realizado um encontro com representantes da SES (Secretaria Estadual de Segurança Pública), a fim de apresentar uma contraproposta.

(Marcello Campos)

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