Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 18 de junho de 2015
O antivírus, como solução de segurança para computadores, “está morto”. Essa afirmação é de Brian Dye, vice-presidente de segurança de informação da Symantec, fabricante do antivírus Norton. Ele concedeu uma entrevista ao Wall Street Journal, na qual explicou que a Symantec está se reinventando para ser uma prestadora de serviços de consultoria, auxiliando empresas a adotar as medidas necessárias quando forem vítimas de um ataque, por exemplo.
De acordo com o executivo, os antivírus só detectam 45% das ameaças quando estas chegam aos computadores das vítimas. Isso se deve ao constante esforço de hackers para usar ferramentas de ataques novas ou modificadas para escapar das proteções dos antivírus, que em grande parte ainda dependem de conhecimento prévio sobre o código do vírus.
Dye diz que a Symantec não vê mais o antivírus como um produto para “se fazer dinheiro”, apesar de 40% das receitas da companhia hoje estarem relacionadas com a venda de produtos e serviços de antivírus.
A reportagem do The Wall Street Journal observa que diversas empresas, como a Juniper Networks, a FireEye e a Shape Security estão desenvolvendo tecnologias cujo objetivo não é mais a prevenção. Em vez disso, a ideia é detectar os ataques o mais rápido possível para minimizar o dano.
A Symantec também utiliza serviços parecidos, entre os quais um relatório de inteligência que detalhará como e por que as empresas são atacadas por hackers. O objetivo é reverter o quadro de queda nas receitas da companhia, que também demitiu dois presidentes-executivos nos últimos dois anos. (AG)