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Por Redação O Sul | 28 de novembro de 2019
Além de 650 militares, entre bombeiros e brigadianos, 451 guarda-vidas civis temporários estarão a postos para salvamentos.
Foto: Rodrigo Ziebell/SSPNa manhã desta quinta-feira (28), enquanto guarda-vidas civis realizavam exercícios de preparação física, o CBMRS (Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul) deu uma amostra de todo o aparato que será utilizado para os salvamentos em praias e rios durante o verão.
O motivo da mobilização dos guarda-vidas é a chegada da Operação RS Verão Total 2020, que engloba ações em áreas como segurança, transportes, saúde e ambiente. Oficialmente a força-tarefa promovida pelo governo do Estado começa dia 21 de dezembro, mas a preparação já começou.
Entre os equipamentos estão 20 quadriciclos, que, neste ano, irão contar com aparelho desfibrilador integrado. A intenção é agilizar o resgate de emergências cardíacas em áreas distantes das guaritas da corporação.
Cerca de 650 militares – entre bombeiros e brigadianos – estão prontos para assumir os postos. E desde 20 de novembro, 451 civis realizam treinamento para estarem aptos à execução de funções relacionadas à atividade de salvamento aquático. Esse é o maior número de guarda-vidas civis temporários desde o início do projeto, em 2004.
Bombeiros experientes cumprem papel decisivos nos salvamentos. É o caso de Cristiano Resler, que vai para sua 12ª Operação Verão. O soldado atua no pelotão de aquática da CEBS (Companhia Especial de Busca e Salvamento), em Porto Alegre. Quando chega dezembro, ele faz questão de “se mudar” para o Litoral Norte.
“Não saberia precisar quantos salvamentos, mas foram muitos ao longo desses anos. Para que isso seja possível, o treinamento começa no inverno e não para mais. A questão é estarmos bem condicionados para prestar o melhor serviço possível”, relata Resler.
O chefe da assessoria de operações do CBMRS, major Isandré Antunes, aproveitou a oportunidade para explicar como funcionará o sistema de bandeiras de sinalização na beira da praia. A delimitação da área de banho será indicada por meio de flâmulas coloridas: verde, amarelo e vermelho. As diretrizes foram alinhadas a partir das peculiaridades do litoral gaúcho e conceitos internacionais de Prevenção ao Afogamento, com os corpos de bombeiros militares do restante do país e a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático.
Para que as bandeiras tenham efetividade, cada uma definirá uma raia delimitada. As chamadas áreas de coberturas terão 300 metros, 200 metros e 100 metros de acordo com o grau de periculosidade do mar (veja detalhamento abaixo).
“Quanto maior o risco, mais próximo o pessoal terá de estar das guaritas. Se nós podemos vê-lo, nós podemos protegê-lo. O guarda-vidas tem de enxergar o banhista para ter condições de oferecer mais segurança na hora do salvamento. É por isso que é melhor ficar mais perto da guarita quando a bandeira, por exemplo, for vermelha”, explica Antunes.
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