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Armando Burd PROPINA DE OUTROS TEMPOS

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Severino Cavalcanti

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Há dez anos, imaginava-se ter chegado ao ápice da corrupção com as denúncias do mensalinho, esquema de pagamento de propina que escandalizou o País. Sebastião Buani, dono de um restaurante da Câmara dos Deputados, acusou o presidente Severino Cavalcanti de lhe cobrar a mensalidade de 10 mil reais sob a ameaça de ter cassada a concessão. Para comprovar, cópias ampliadas dos cheques compensados foram mostradas em programas de TV.

A situação já estava complicada, porque dois procuradores da República no Distrito Federal tinham pedido ao Tribunal de Contas da União que Severino fosse investigado pela prática de nepotismo, ao empregar diversos parentes em seu gabinete.

A 21 de setembro de 2005, Severino achou que não tinha mais saída e renunciou ao mandato.

Agora, o caso do mensalinho é considerado café pequeno. Em vez de 10 mil reais, as denúncias contra o presidente Eduardo Cunha, iniciadas com 5 milhões de reais, não param de crescer com base em investigações da Polícia Federal e do Ministério Público.

Ao contrário de Severino, Cunha nega todas as acusações como se nada estivesse acontecendo. Mesmo que a Polícia Federal tenha ido à sua casa, às 6 horas da manhã, em busca de documentos.

Na sequência, a Procuradoria-Geral da República pediu o seu afastamento da presidência da Câmara e do mandato de deputado federal.

A semana passada terminou com o Supremo Tribunal Federal derrubando o rito de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que Cunha tinha fixado.

Ele, porém, não está só: Severino aconselhou Cunha a resistir no cargo e não renunciar. Deve ter se arrependido por jogar a toalha no ringue cedo demais. Nos País dos infindáveis recursos permitidos pelos Códigos de Processo Civil e Penal, quase tudo é possível.

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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