Quinta-feira, 16 de maio de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Colunistas R$ 472 milhões que a população perde

Compartilhe esta notícia:

O próprio senador Romero Jucá, redator da proposta, afirmou que "A proposta que eu fiz não tira dinheiro da educação, da saúde, de lugar nenhum". (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Criado para custear as campanhas políticas, o fundo eleitoral retirou R$ 472 milhões que seriam destinados à educação e à saúde no ano de 2018. No total, o fundo terá R$ 1,75 bilhão para distribuir entre os partidos de acordo com o tamanho de suas bancadas na Câmara e no Senado.

Durante a concepção do fundo, diversos senadores haviam prometido que as ementas para captação dos valores que o constituem não iriam prejudicar os orçamentos daquelas duas áreas. O próprio senador Romero Jucá, redator da proposta, afirmou que “A proposta que eu fiz não tira dinheiro da educação, da saúde, de lugar nenhum”.

Infelizmente, o corte de orçamento na saúde e educação foi realizado. Não é de se espantar, afinal, todos sabemos que não podemos acreditar na palavra de muitos políticos. É como aquele velho ditado popular: não dá para deixar a raposa cuidando do galinheiro.

A partir de mídia digital, existem inúmeras opções de alcançar a maioria da população (59% da população brasileira tem acesso à internet) a um custo infinitamente inferior. Porém, nossos políticos estão acostumados com produções hollywoodianas, com propagandas no horário nobre. Se os partidos políticos querem fazer caríssimas propagandas eleitorais, que usem seu próprio dinheiro, não retirem da saúde ou da educação. Tem de ganhar a eleição não quem tiver o melhor marqueteiro, mas sim quem tiver as melhores ideias, soluções.

Por último, considerando que o dinheiro do governo provém de nós, contribuintes, pagadores de impostos, se nos fosse dado o poder de destinação dos nossos impostos, será que optaríamos pelo fundo partidário? Entendo que vivemos em um mundo com pluralismo de valores, todavia, minha opinião permanece: educação e saúde são mais importante do que fundo eleitoral.

“De fato, o Estado não é maneta e nem poderia sê-lo. Ele tem duas mãos: uma para receber e outra para dar, ou, melhor dizendo, a mão rude e a mão delicada. A ação da segunda subordina-se necessariamente à da primeira.”

Bárbara Veit, empresária e associada do IEE.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Colunistas

PEC 29/2016 e concursos públicos
PROPINA DE OUTROS TEMPOS
https://www.osul.com.br/r-472-milhoes-que-populacao-perde/ R$ 472 milhões que a população perde 2018-01-16
Deixe seu comentário
Pode te interessar