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Por Redação O Sul | 29 de junho de 2015
Um ano após ter sido presa preventivamente por matar e esquartejar em 20 partes o corpo de um cliente, espalhando os pedaços dele em São Paulo com a ajuda de duas amigas, a prostituta Marlene Gomes, de 57 anos, rompeu o silêncio.
Em entrevista, ela alegou que cometeu os crimes em março de 2014 para se defender das agressões, torturas sexuais e ameaças de morte que vinha sofrendo durante quatro anos de programas e relacionamento com o motorista Alvaro Pedroso, de 55 anos. Os dois também eram amantes.
O caso ganhou notoriedade ano passado depois que sacos e carrinhos com partes do corpo da vítima foram encontrados em ruas do entorno do Cemitério da Consolação, na região Central de São Paulo.
“Foi uma fatalidade que aconteceu, uma coisa que não foi premeditada. Nem em um minuto na vida eu pensei em matar, nem nada”, respondeu Marlene ao ser questionada sobre o que gostaria de dizer aos parentes do motorista.
A mulher contou que jamais planejou assassinar Alvaro. Mas que, segundo ela, entre a noite do dia 22 e a madrugada do dia 23 de março do ano passado, após se embriagarem, o motorista a agrediu mais uma vez após uma transa num prostíbulo na Rua dos Andradas, Centro da capital.
“Ele me deu uma porrada, eu caí, machuquei o braço bastante. Foi aonde eu empurrei ele com tudo”, disse Marlene, que só aceitou falar desde que seu rosto não fosse mostrado na conversa. A prostituta afirmou que queria se defender de Alvaro, mas ele caiu, bateu o rosto no vaso sanitário do banheiro e perdeu a consciência e ela aproveitou para golpeá-lo na cabeça. “Não foi nada premeditado”. (AG)