Terça-feira, 21 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de outubro de 2015
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi alvo de protestos, na quarta-feira, pedindo a sua renúncia em Brasília. O ato aconteceu durante uma entrevista coletiva que ele dava na Câmara. Um grupo de pelo menos dez pessoas carregando cartazes com o rosto do político e a frase “Fora Cunha” interrompeu a entrevista. O presidente da Casa é suspeito de ter participação no esquema da Operação Lava-Jato e de ter contas secretas na Suíça abastecidas com dinheiro de propina. Em pelo menos três momentos, a entrevista foi interrompida.
A primeira interrupção foi feita pela deputada federal Clarissa Garotinho (PR-RJ), opositora do deputado. “Quando vossa excelência vai renunciar?”, perguntou. Ao ouvir a pergunta, Cunha apenas sorriu para as câmeras e ficou em silêncio.
As outras interrupções aconteceram no final da entrevista, quando um grupo de manifestantes iniciou o coro dizendo “Fora, Cunha”. Os gritos foram respondidos por assessores do presidente e integrantes de movimentos pró-impeachment, que começaram a gritar “Fora, Dilma”. Não houve confronto.
A funcionária pública Rosa Simiana dos Santos disse que a manifestação foi organizada por militantes em defesa dos direitos humanos e por parlamentares do PSOL, como o líder do partido na Casa, Chico Alencar (RJ).
“Nós nos organizamos para aglutinar o máximo de gente possível para fazer isso. Se o povo tiver vergonha na cara, [as manifestações contra Cunha] vão aumentar”, disse Rosa.