Terça-feira, 22 de julho de 2025
Por Luís Eduardo Souza Fraga | 15 de julho de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Podemos iniciar esta reflexão analisando o título deste texto e também refletindo sobre a atrocidade que aconteceu na escola do município de Estação, no norte do Rio Grande do Sul, dia 08/07/2025.
Novamente estamos diante de um crime bárbaro, cometido por um adolescente! Fica a pergunta, por quê?
Que tipo de vida, de família e de rotina diária tem um adolescente que comete tamanha crueldade? O que o levou a planejar e executar essa barbárie? São muitas perguntas a serem respondidas e o objetivo maior é que essas respostas nos levem a tratar as causas, para que outros casos não venham a se repetir!
A sociedade está perplexa, com o nível de alienação e influências nocivas que parte dos jovens brasileiros estão submetidos e, muito disso, devido a imersão sem limites na internet, participando de: desafios de toda ordem, metas absurdas, muitas vezes recheadas de brutalidade e jogos eletrônicos, que quase sempre induzem a violência extrema.
Além, é claro, de problemas e distorções da realidade em âmbito familiar e social, problemas psicológicos e, ou, neurológicos, que não são tratados, tudo isso e, por certo, ainda outros, que somados, estão contribuindo significativamente para que aconteçam crimes bárbaros.
A que ponto chegamos!
Quando a escola é atacada o futuro fica comprometido!
Quando a escola sofre uma agressão, toda a sociedade é dilacerada!
A tábua de salvação da sociedade está sendo atacada, para muitos a única alternativa de um futuro melhor, para outros, os melhores momentos de seus dias, ela, a escola, está “sangrando”!
É preciso que pais e responsáveis sejam mais pais e mais responsáveis, que observem e eduquem seus filhos de maneira adequada, que digam “não”, que coloquem limites e disciplina, proporcionem atividades esportivas e culturais, pois sem essas atividades e o devido monitoramento, os problemas e a violência seguirão acontecendo!
A sala de aula talvez seja o último reduto, neste país desigual e de valores invertidos, que proporcione: organização social, educação de base, disciplina, respeito, segurança, alegria, cultura, alimentação adequada, amor, carinho e esperança de um futuro melhor. Pois, este reduto, está sendo atacado, justamente em sua essência, os alunos, porque não há escolas sem alunos!
Que semana difícil estamos passando em nosso estado, a nossa sociedade, o Brasil e o mundo estão perturbados com o que aconteceu no município de Estação, um crime que, infelizmente se repete, pois outras escolas já foram atacadas no mesmo “modus operandi”, aqui e em vários lugares do Brasil, nos últimos anos!
Atacar a escola é atacar o coração da sociedade, é atacar a sua essência, o seu motivo de existir, seu presente e seu futuro!
A escola deve ser protegida, amada e atendida pela sociedade, pois é dela que irão aflorar os cidadãos de bem e os profissionais que a sociedade necessita, a escola é, talvez, o último bastião da vida humana em sociedade!
Fica a reflexão!
Permanece nossa solidariedade às famílias das vítimas e que as leis sejam revistas neste país, também é preciso dar uma resposta legal a este tipo de crime, que vem se repetindo!
Não tenho mais palavras, não sei mais o que pensar, não sei mais o que dizer, pois meu coração também sangra!
Quando a escola sofre uma agressão, toda a sociedade é dilacerada!
Prof. Luís Eduardo Souza Fraga
Historiador e Escritor
fragaluiseduardo@gmail.com
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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