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Economia Recuperação nos Estados Unidos já puxa para cima as economias de outros países

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Uma poderosa recuperação nos EUA, fomentada pelos enormes gastos governamentais e por uma vacinação acelerada, já está reverberando no mundo inteiro. (Foto: Reprodução)

Uma poderosa recuperação nos EUA, fomentada pelos enormes gastos governamentais e por uma vacinação acelerada, já está reverberando no mundo inteiro. Esses reflexos animam as perspectivas econômicas de países estreitamente ligados à economia americana.

Mas economistas alertam que o próximo surto de crescimento dos EUA poderá prenunciar uma recuperação em duas velocidades em relação ao colapso ocorrido em 2020, numa divisão que ameaça abrir fissuras na economia global.

Apesar de os “lockdowns” terem atingido muitas economias aproximadamente na mesma medida no ano passado, evidências mostram que a saída da pandemia poderá ser bastante assimétrica.

Os países ricos e algumas economias voltadas à exportação já estão colhendo os frutos de campanhas de vacinação bem-sucedidas e da retomada do crescimento.

Já os países pobres assistem aos primeiros sinais de fugas de capitais. Ao mesmo tempo, esses países enfrentam uma longa espera por vacinas e alguns deles sofrem novas ondas de covid-19 que os deixam alijados dos fluxos de viagens e de turismo que sustentaram suas economias nos últimos anos.

A economia dos EUA deverá crescer 6,5% neste ano, seu ritmo mais acelerado desde 1984. Se confirmada, a economia americana poderá terminar o ano maior do que o previsto antes da pandemia, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Nenhuma outra economia de grande porte, nem mesmo a China, deverá ostentar tal quadro. Economistas preveem que os EUA serão o principal impulsionador do crescimento global neste ano.

A vacinação contra a covid-19 nos EUA, mais acelerada do que as campanhas na maior parte da Europa e da Ásia, permitiu uma volta mais rápida da atividade econômica ao normal. Mas a decisão dos EUA de promover uma segunda grande rodada de alívio e foi decisiva. São muito poucos os países ricos que gastaram tanto quanto os EUA, e os países pobres não podem se permitir tal luxo.

Uma economia americana aquecida, por sua vez, está acelerando as recuperações de outros países, especialmente os exportadores, que vendem produtos para os consumidores americanos.

Esse fator é uma bênção para países como o Vietnã. O estímulo dos EUA, por si só, acrescentará 1,4% ao Produto Interno Bruto (PIB) vietnamita nos próximos dois anos, enquanto o impacto sobre o México será ligeiramente maior, segundo estimam as empresas de serviços financeiros Allianz e Euler Hermes. Isso contribuirá para neutralizar os efeitos do colapso do turismo no Vietnã.

Na Tailândia, a previsão é de alta de 3% a 5% das exportações neste ano, com uma alta de 10% a 11% nas vendas para os EUA – que compensará os declínios dos embarques para a Europa e China, segundo Supan Mongkolsuthree, presidente da Federação das Indústrias Tailandesas.

As exportações do setor de autopeças da Tailândia poderão chegar a US$ 22 bilhões neste ano, após uma queda de 14% em 2020, segundo a Associação Tailandesa de Fabricantes de Autopeças, graças às compras de pneus pelos EUA.

Mas a força da retomada dos EUA pressiona ainda mais as sobrecarregadas cadeias de suprimentos, que fornecem desde smartphones até roupas infantis.

A britânica Brompton Bicycle, fabricante de bicicletas dobráveis, contratou novos funcionários e criou uma terceira linha de produção durante a pandemia. Apesar de destinar uma parcela “preferencial” de sua produção aos EUA, a empresa não consegue dar conta da demanda. Encontrar peças originárias da Ásia se tornou um problema, bem como o acesso ao transporte marítimo.

“A demanda está crescendo mais do que a oferta”, disse Stephen Loftus, diretor comercial da Brompton. “Enfrentamos muitas frustrações diariamente.”

Embora o crescimento dos EUA deva promover muitas recuperações, esse efeito não alcançará todos os países. O impulso tende a ser modesto, por exemplo, na Europa, onde economistas do Banco Central Europeu (BCE) estimam que o estímulo americano elevará o crescimento econômico da zona do euro de 4% para 4,1% neste ano e de 4,1% para 4,3% em 2022. As informações são do jornal Valor Econômico.

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https://www.osul.com.br/recuperacao-nos-estados-unidos-ja-puxa-para-cima-as-economias-de-outros-paises/ Recuperação nos Estados Unidos já puxa para cima as economias de outros países 2021-04-06
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