Terça-feira, 11 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de maio de 2017
A redução dos preços da gasolina e do diesel anunciada pela Petrobras levantou questionamentos no mercado com relação à política de preços instituída pela estatal em outubro. Cálculos feitos por analistas após a redução indicam que a gasolina no Brasil hoje está sendo vendida, no mínimo, sem prêmio com relação às cotações internacionais. A empresa anunciou redução de 5,4% no preço da gasolina e de 3,5% no preço do diesel.
No ano, os preços foram cortados três vezes e aumentados em uma ocasião. As sucessivas baixas tiveram papel importante no recuo da inflação em 2017. “Foi estranho. A gente imaginava que ia subir, pois o petróleo e o câmbio estavam subindo”, disse o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires. Segundo seus cálculos, após o corte, a Petrobras zerou a margem de lucro que obtinha na importação de gasolina. No caso do diesel, ainda há margem de 17% em relação às cotações internacionais.
Outros dois especialistas, porém, veem o retorno da defasagem no preço da gasolina após a implementação da nova política de preços, na qual a Petrobras se compromete a não vender mais combustíveis com prejuízo. Para Walter Vitto, da Tendências, o combustível no Brasil está 6% mais barato. Para analistas do banco UBS, a diferença desfavorável para a Petrobras é de 2,3%.