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Brasil Reforma tributária: entenda propostas em discussão no Congresso

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Entre os vetos em pauta estão projetos sobre socorro ao setor de eventos e a tipificação de crime de disseminação de fake news. (Foto: Agência Brasil)

Considerada prioritária pelo governo para a recuperação da economia, a reforma tributária está em discussão na Câmara dos Deputados e no Senado. Porém, as propostas analisadas pelas duas Casas são diferentes.

Em linhas gerais, os textos propõem simplificar a cobrança de tributos com a unificação de vários impostos.

A carga tributária, porém, seria mantida. O que muda seria a forma de cobrança, que passaria a ser no consumo e não na produção, além da redistribuição dos recursos arrecadados.

No entanto, como as mudanças atingem vários setores e os impactos variam conforme as regiões do país, não há consenso sobre o tema entre os parlamentares.

O debate deve ganhar ainda mais corpo com o envio ao Congresso pelo governo federal de uma terceira proposta de reforma.

Nesta segunda-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro reuniu-se o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, para discutir as mudanças no sistema tributário.

Câmara

O texto que tramita na Casa (PEC 45/2019) abrange cinco tributos, que seriam transformados em um único, que incidiria sobre o consumo e seria cobrado no destino.

A proposta foi apresentada pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP) e tem como referência estudo elaborado pelo economista Bernard Appy. Essa PEC conta com o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A PEC já passou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e está agora é analisada por uma comissão especial. O relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), trabalha para que o seu parecer seja aprovado em outubro no colegiado.

Senado

Uma comissão especial discute uma proposta (PEC 110/2019) que reproduz um texto já aprovado em uma comissão da Câmara no ano passado, mas que não chegou a ser apreciado no plenário.

Em julho deste ano, um grupo de senadores encampou o texto e o apresentou no Senado. Pela proposta do ex-deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), seriam extintos nove tributos e substituídos por um imposto sobre bens e serviços.

Relator da reforma tributária na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, o senador Roberto Rocha (PSDB-MA), estima que a proposta seja votada no colegiado em 45 dias. O relator já deu sinais de que estuda propor em seu parecer o que chama de “IVA dual”.

Conheça as propostas de reforma tributária:

PEC 45/2019 (Câmara)

1) O que propõe?

Substituir cinco tributos: Imposto sobre produtos industrializados (IPI) – federal, Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) – federal, Contribuição para o financiamento da seguridade social (Cofins) – federal, Imposto sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre prestações de Serviços (ICMS) – estadual, Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS) – municipal.

2) Como fica

Os cinco impostos são substituídos pelo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). A base de cálculo será uniforme em todo o país, mas os entes federativos terão autonomia para fixar as alíquotas, que serão aplicadas a todas as operações.

Como cada ente terá uma alíquota, a alíquota final do IBS será a soma das alíquotas federal, estadual e municipal.

Se, por exemplo, a alíquota federal do IBS for 7%, a alíquota do estado de São Paulo for 11% e a alíquota do município de Campinas for 2%, as vendas realizadas em Campinas e para o município de Campinas sofrerão a incidência do IBS à alíquota de 20%.

A proposta também prevê a criação de um imposto seletivo federal, para incidir sobre bens e serviços específicos cujo consumo se deseja desestimular, como cigarros e bebidas alcoólicas.

PEC 110/2019 (Senado)

1) O que propõe?

Extinguir nove tributos: Imposto sobre produtos industrializados (IPI) – federal; Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) – federal; Contribuição para o financiamento da seguridade social (Cofins) – federal; Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços (ICMS) – estadual; Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS) – municipal; Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) – federal; Programa de Formação do Patrimônio do Servidor (Pasep) – federal; Salário-Educação (contribuição social destinada ao financiamento de programas) – federal; Cide-Combustíveis (contribuição social destinado a investimento de infraestrutura de transporte) – federal.

2) Como fica?

São criados: Um imposto sobre o valor agregado de competência estadual, chamado de IBS; Um imposto sobre bens e serviços específicos (Imposto Seletivo), de competência federal, que incidirá sobre itens como petróleo e derivados; combustíveis e lubrificantes; cigarros; energia elétrica e serviços de telecomunicações.

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https://www.osul.com.br/reforma-tributaria-entenda-as-propostas-de-discussao-no-congresso/ Reforma tributária: entenda propostas em discussão no Congresso 2019-09-03
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