Quarta-feira, 16 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 26 de julho de 2020
Moradores da Campânia, no sudoeste da Itália, podem ser multados em até 1.000 euros (cerca de R$ 6 mil) por descumprir a norma de usar máscaras de proteção em ambientes fechados. A medida passou a valer neste domingo (26) e, segundo a imprensa local, já foram aplicadas as primeiras multas.
Os donos de um salão de cabeleireiro, de um bar e de uma loja em Salerno, a cerca de 50 quilômetros de Nápoles, foram multados depois que a polícia constatou que seus clientes não respeitavam a norma de se usar máscara para combater a propagação da Covid-19.
“Se nossos concidadãos acreditam que o problema está resolvido, isso significa que, dentro de algumas semanas, retornaremos a uma emergência grave”, alertou o governador da região, Vincenzo de Luca.
A Itália registrou no domingo (26) mais 255 casos e cinco mortes na pandemia do coronavírus Sars-CoV-2, elevando o total de contágios para 246.118 e o de óbitos para 35.107, de acordo com o Ministério da Saúde. No último sábado (25), o país havia contabilizado 275 diagnósticos positivos e cinco vítimas. A Itália ainda registra 198.446 pacientes curados, o que significa 80,63% dos contágios já certificados, enquanto os casos ativos subiram pelo segundo dia seguido e chegaram a 12.565.
Desse total, 44 estão internados em UTIs, três a mais que em 25 de julho. Os pacientes em terapia intensiva estão distribuídos por 11 das 20 regiões do país: Lombardia (13), Lazio (nove), Piemonte (cinco), Emilia-Romagna (quatro), Campânia (quatro), Abruzzo (dois), Friuli Veneza Giulia (dois), Sicília (dois), Ligúria (um), Marcas (um) e Vêneto (um).
O país também tem 11.786 infectados em isolamento domiciliar e 735 em acompanhamento hospitalar, mas fora da UTI. A Itália teve na semana passada o maior número de casos (1.653) para o período desde meados de junho, indicando uma estabilização na curva epidemiológica após mais de três meses de queda.
Brasileira
A Arma dos Carabineiros da Itália prendeu hoje um homem de 42 anos suspeito de assassinar uma transexual brasileira em Milão, no norte do país. O corpo de Manuela, de 48 anos, foi encontrado no último dia 20 de julho, em um apartamento na capital da Lombardia.
O suspeito, cujo nome não foi divulgado, é acusado de ter desferido mais de 50 facadas na transexual e de ter deixado o gás da cozinha aberto na tentativa de provocar uma explosão e apagar as provas do crime. A brasileira vivia na Itália havia pelo menos quatro anos e trabalhava como garota de programa. O homem preso nesta sexta-feira era um cliente habitual de Manuela e foi identificado graças a câmeras de segurança situadas fora da casa da vítima.
O suspeito tinha passagens pela polícia por dirigir embriagado e foi interrogado, mas permaneceu em silêncio. Uma operação de busca na casa do homem encontrou a faca supostamente usada no homicídio e um par de sapatos aparentemente manchados de sangue.
A hipótese dos investigadores é de que o crime pode ter sido motivado por uma dívida de 500 euros do suspeito com a vítima. “Ainda estamos em fase de aprofundamentos para entender a natureza dessa dívida. Ele consumia drogas com ela, talvez mantivessem relações, mas não sabemos ao que estaria ligado o débito”, disse a procuradora-adjunta Laura Pedio.