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Brasil Reinfecção por coronavírus: veja o que se sabe sobre os pacientes contaminados pela segunda vez

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Variação do Sars-Cov-2 anunciada pelo governo britânico no domingo passado já foi confirmada em quase 10 países. (Foto: Reprodução)

Casos de pessoas infectadas pela segunda vez pelo novo coronavírus existem, mas são raros, e a ciência ainda não definiu com qual frequência eles ocorrem. No Brasil, o Ministério da Saúde afirma que não há reinfecções confirmadas, apesar de relatos como o que envolve integrantes da delegação do Palmeiras e de outros casos sob investigação.

A reinfecção acontece quando a pessoa se recupera da Covid-19 e tempos depois ela adoece novamente. Para confirmar a recontaminação, é preciso provar que o código genético do primeiro vírus é diferente do segundo. O código genético é como se fosse uma impressão digital do vírus.

“Você só pode considerar de fato reinfecção quando você tem o sequenciamento das amostras dos dois vírus da infecção”, diz a epidemiologista e vice-presidente do Instituto Sabin, Denise Garrett.

No fim de outubro, o Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica com regras para a definição de casos suspeitos de reinfecção. Para que isso seja caracterizado, o indivíduo precisará de dois resultados positivos de RT-PCR, com intervalo igual ou superior a 90 dias entre os dois episódios, independentemente da condição clínica. O outro ponto é a conservação adequada das amostras.

“A reinfecção por cepas homólogas é uma possibilidade, mas no atual cenário, e em virtude do conhecimento de que o SARS-CoV-2 pode provocar eventualmente infecções por períodos prolongados de alguns meses, faz-se necessário determinar critérios de confirmação, como sequenciamento genômico, para comprovação de que se tratam de infecções em episódios diversos, por cepas virais diferentes”, diz a n

Denise Garrett diz que os casos de reinfecção já eram conhecidos entre pacientes infectados por outros coronavírus, como os responsáveis pela MERS e Sars. Vírus que causam infecções das vias respiratórias, como a Covid-19, podem ocorrer duas ou mais vezes.

A imunologista e professora da Faculdade de Medicina e do Instituto de Medicina Tropical da USP, Ester Sabino, explica que o teste RT-PCR (teste que coleta o material da garganta e do nariz do paciente com um cotonete) positivo duas vezes não indica a reinfecção.

“Nós sabemos que reinfecção acontece, mas a ciência não conseguiu definir com qual frequência ela acontece. Os estudos usam métodos complexos para comprovar a reinfecção. É preciso sequenciar os vírus e eles precisam ser de cepas diferentes” – Ester Sabino, imunologista

Confirmar reinfecções acaba sendo difícil porque, na maioria das vezes, os cientistas não sabem o código genético do vírus que contaminou a pessoa pela primeira vez, para, então, compará-lo com o código do segundo vírus.

“Para provar a reinfecção precisamos sequenciar o genoma do vírus. Esse teste é complicado, especializado. Por isso, é raro conseguir provar que é uma reinfecção”, explica Garrett.

“É difícil separar os casos de pessoas que ficam com o PCR positivo prolongado, de pessoas que ficaram com o vírus e ele reapareceu, ou se realmente a pessoa pegou de novo”, completa Sabino.

Atualmente, o mundo tem 25 relatos de reinfecção por SARS-CoV-2 comprovados por sequenciamento. Os dados são de um rastreador mantido pela agência de notícias holandesa BNO News.

O primeiro caso confirmado de reinfecção foi notificado em Hong Kong no final de agosto. Na época, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que a reinfecção é possível, mas pediu cautela ao considerar as informações sobre os casos.

A reinfecção em Hong Kong foi publicada em uma revista científica. Os pesquisadores testaram o código genético do vírus e descobriram que o vírus da segunda infecção pertencia a uma linhagem diferente da primeira. Ao ser contaminado pela primeira vez, o paciente, um homem de 33 anos, teve apenas sintomas leves; na segunda vez, nenhum sintoma. Outro estudo de reinfecção publicado em revista científica foi o de um americano de 25 anos. Ele foi infectado em dois momentos, em um intervalo de 48 dias.

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