Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 29 de março de 2022
De acordo com jornal, Anderson Ribeiro Correia teria sido sondado por integrantes do Centão para assumir assumir ministério
Foto: DivulgaçãoO atual reitor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), Anderson Ribeiro Correia, está sendo cotado para substituir Milton Ribeiro, que foi exonerado nesta segunda-feira (28) do MEC (Ministério da Educação).
Ribeiro pediu para deixar o cargo depois de denúncias de corrupção envolvendo favorecimento a pastores, que faziam parte de um gabinete paralelo, reveladas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Correia tem recebido ligações de integrantes do Centrão para sondá-lo sobre a possibilidade de assumir o posto. Nesta terça-feira (29), ele teria ainda uma conversa com o líder do PL na Câmara, Altineu Cortes (RJ).
O reitor, de acordo com interlocutores, estaria disposto a aceitar o cargo e acredita que seria uma boa opção técnica, mas também alinhada aos evangélicos e ao Centrão. O presidente Jair Bolsonaro já chegou a considerar Correia para substituir Abraham Weintraub, mas depois desistiu e optou por Ribeiro.
Correia havia sido indicado por deputados da ala evangélica, como Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Marcos Feliciano (PL-SP). Diante dos escândalos envolvendo Ribeiro, Sóstenes deu declarações dizendo que o então ministro não tinha sido sua indicação e lembrou de sua preferência por Correia. Agora, no entanto, a indicação está partindo de políticos ligados a Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, e não pelos evangélicos.
Currículo
Correia é engenheiro civil formado pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e mestre pelo ITA. Ele fez ainda doutorado em engenharia de transportes na Universidade de Calgary, no Canadá.
No governo Bolsonaro, Correia já foi presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior) e deixou o cargo depois de se voluntariar e passar na seleção para reitor do ITA.
Ele também fez parte do grupo militar que trabalhou na transição do governo Bolsonaro e ajudou a compor o ministério de Ricardo Velez. Desde a saída de Velez, primeiro ministro da Educação de Bolsonaro, o nome do reitor surge como substituto.