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Colunistas Rezum é o novo tratamento para próstata aumentada – Técnica minimamente invasiva é aplicada em ambulatório e com alta do paciente no mesmo dia

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A HPB ocorre em pelo menos 25% dos homens entre 40 e 49 anos, proporção que se amplia ao passar dos anos. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A próstata, uma glândula importante no sistema reprodutivo masculino, desempenha um papel crucial na saúde e bem-estar dos homens. Localizada na frente do reto e embaixo da bexiga urinária, produz um fluido que nutre e protege os espermatozoides. No entanto, com o avanço da idade, podem ocorrer algumas mudanças que afetam sua função. Uma condição comum que afeta muitos homens é a hiperplasia prostática benigna (HPB).

A HPB ocorre em pelo menos 25% dos homens entre 40 e 49 anos, proporção que se amplia ao passar dos anos, chegando até 80% do público masculino na faixa etária dos 70 aos 80. Metade dos pacientes com hiperplasia prostática benigna irá precisar de algum tipo de tratamento a fim de evitar a ocorrência de outros problemas, como infecção urinária e complicações funcionais da bexiga e dos rins.

“Há opções de tratamento com abordagens inovadoras e eficazes, que podem ajudar a controlar os sintomas da hiperplasia prostática benigna e permitir a retomada das atividades diárias sem restrições”, afirma o urologista Dr. Karlo Biolo, integrante da Oncoclínicas no RS e médico do corpo clínico dos principais hospitais de Porto Alegre.

A técnica mais recente é o Rezum, tratamento realizado de maneira ambulatorial, o que possibilita que o paciente tenha alta no mesmo dia. É usado um aparelho de radiofrequência que converte água em vapor, gerando energia térmica. Essa energia é direcionada para o tecido aumentado, eliminando as suas células, com a vantagem de ser minimamente invasiva, realizada através da uretra. O procedimento dura de 5 a 10 minutos e o paciente pode ir para casa cerca de duas horas após o procedimento. A nova técnica foi usada pela primeira vez no Brasil em julho deste ano, em São Paulo.

O dr. Karlo Biolo é um dos pioneiros no Brasil nessa tecnologia, tendo realizado seu treinamento no exterior. Além de remover o tecido prostático aumentado esta técnica preserva a ejaculação em cerca de 95% dos pacientes tratados.

Não há relação entre o aumento e o câncer de próstata. No entanto, Dr. Biolo alerta que é importante manter uma rotina de exames preventivos a partir dos 45 anos a fim de prevenir tanto as consequências da hiperplasia prostática quanto o câncer. No estágio inicial, a HPB é tratada com o uso de medicamentos voltados ao relaxamento da musculatura lisa da próstata, o que irá facilitar o esvaziamento da urina pela bexiga.

Nas demais fases, ele explica que os tratamentos da hiperplasia prostática benigna com uso de vapor de água (Rezum) e os lasers, são menos agressivos e invasivos, proporcionando uma recuperação mais rápida do que a prática de “raspagem da próstata” por exemplo. Os mais usados são Greenlight e Holmium, a escolha irá depender do tamanho do órgão.

“Em próstatas muito pequenas, podemos proceder à incisão endoscópica ou o uso de Urolift, que são ‘grampos’ colocados na glândula, por meio da uretra. Em próstatas muito grandes, podemos utilizar os lasers ou até mesmo a cirurgia robótica. Porém esta última tem sido muito mais utilizada no tratamento do câncer da glândula. Pacientes que fazem uso de anticoagulantes têm preferência pelo laser verde, o Greenlight, devido à maior segurança a essa condição”.

A boa notícia é que a partir do dia 01/08/23 os convênios começaram a pagar a fibra do Greenligth Laser. Em face a toda essa tecnologia para tratamento das doenças da próstata a decisão do melhor método deve-se basear numa decisão compartilhada entre o paciente e o cirurgião, levando em conta também a experiência deste último no método a ser utilizado.

Principais sintomas do aumento da próstata:

* diminuição da força do jato urinário;

* sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;

* jato urinário intermitente;

* demora, esforço e/ou dificuldade para urinar;

* urgência miccional (por vezes acompanhada de incontinência);

* aumento da frequência urinária, o que, à noite, acaba atrapalhando muito o sono dos pacientes.

Dr. Karlo Biolo
Especialista em doenças da próstata 
Doutor em Urologia pela USP
Karlo.biolo@gmail.com
Instagram: @drkarlobiolo

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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