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Geral Rio Grande do Sul registra número recorde de doadores de órgãos no primeiro semestre deste ano

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O número é 1,4% maior em relação ao mesmo período do ano passado. (Foto: Reprodução)

O Rio Grande do Sul registrou recorde de doadores de órgãos no primeiro semestre deste ano. De janeiro a junho, 144 famílias perderam parentes próximos e autorizaram a doação, 1,4% a mais em relação ao mesmo período do ano passado. Esse é o maior número para um período de seis meses da história do RS.

Contudo, o Ministério da Saúde continua alertando para o alto índice de recusas: 43% das famílias de todo o Brasil ainda dizem “não” e muitas vidas deixam de ser salvas. A campanha “Família, quem você ama pode salvar vidas”, do governo federal, lançada na última quarta-feira (27), Dia Nacional do Doador de Órgãos, busca sensibilizar a população para a importância da doação de órgãos e de avisar a todos sobre o seu “sim”, fundamental para que o procedimento ocorra.

“A área de transplantes é muito sensível e estamos comemorando recordes, tanto em número de transplantes quanto em número de doadores. A campanha visa sensibilizar que cada vez mais famílias autorizem a doação de órgãos de seus entes queridos que faleceram, dando uma nova oportunidade de viver para outras pessoas”, ressaltou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Com o aumento no número de doadores, foram realizados 811 transplantes no primeiro semestre deste ano no Rio Grande do Sul. Se o ritmo for mantido até o fim do ano, o Estado deve realizar 1.622 transplantes, enquanto 2016 fechou com 1.613.

No cenário nacional, o Brasil bateu um novo recorde. Com o aumento no número de doadores, foram realizados 12.086 transplantes no primeiro semestre deste ano. Se o ritmo for mantido até o fim do ano, o País deve registrar um crescimento de 27% nos transplantes entre 2010 e 2017, ultrapassando 26,7 mil cirurgias – o que seria o maior número anual. Em relação a doadores, o índice de crescimento pode chegar na casa dos 75,3% em relação a 2010.

Entre os transplantes que mais comuns destacam-se os de córnea, rim, fígado, coração e pulmão. Os transplantes de fígado tiveram aumento de 12,3% neste ano em comparação ao primeiro semestre do ano passado, com total de 2.928 cirurgias. Rim registrou aumento 9,7%, chegando a marca de 2.928 cirurgias; seguido de córnea, 7.865 cirurgias, com um aumento de 7,2%. Coração, um dos mais complexos e que exige muita rapidez em todo o processo, também registrou crescimento: de 4,2%, chegando a 172 cirurgias.

Campanha

Para marcar o Dia Nacional do Doador de Órgãos, também foi lançada a campanha de conscientização e incentivo à doação. Atualmente, um dos principais fatores para o êxito do sistema de doação e transplantes no Brasil é justamente a sensibilização das famílias na hora de autorizar a retirada dos órgãos e tecidos após confirmação de morte cerebral. A taxa de recusa familiar atualmente é de 43% e tem se mantido alta ao longo dos últimos anos, o que acaba inviabilizando que mais vidas sejam salvas por meio dos transplantes.

O Brasil possui o maior sistema público de transplantes no mundo e atualmente cerca de 95% dos procedimentos de todo o País são financiados pelo SUS. Os pacientes possuem assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante.

A rede brasileira conta com 27 Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos, além de 13 câmaras técnicas nacionais, 501 Centros de Transplantes, 819 serviços habilitados, 1.265 equipes de transplantes, 63 Bancos de Tecidos, 13 Bancos de Sangue de Cordão Umbilical Públicos, 574 Comissões Intra-hospitalares de Doação e Transplantes e 72 Organizações de Procura de Órgãos.

Serviço

A doação de órgãos ou tecidos pode advir de doadores vivos ou falecidos. Doador vivo é qualquer pessoa saudável que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. O doador vivo pode se dispor a doar um dos rins, parte do fígado ou do pulmão e medula óssea.

Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Fora desse critério, somente com autorização judicial. Já o doador falecido é a pessoa em morte encefálica cuja família pode autorizar a doação de órgãos e/ou tecidos, assim como a pessoa que tenha falecido por parada cardíaca que, nesse caso, poderá doar tecidos.

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