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Mundo Rússia e Ucrânia trocam 206 prisioneiros após mediação dos Emirados Árabes Unidos

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O presidente da Ucrânia se manifestou sobre o acordo pelo Telegram: "O nosso povo está em casa". (Foto: Reprodução/Telegram)

A Rússia anunciou a troca de 206 prisioneiros com a Ucrânia, 103 de cada parte, após um acordo negociado pelos Emirados Árabes Unidos, que inclui soldados russos capturados por Kiev na região fronteiriça de Kursk, nesse sábado (14).

No total, “103 militares russos capturados na região de Kursk foram devolvidos daquele território controlado pelo regime de Kiev”, informou o Ministério da Defesa russo. “Em troca, foram entregues 103 prisioneiros de guerra do exército ucraniano”, acrescentou.

Segundo o ministério, os Emirados Árabes fizeram “esforços de mediação” para permitir a troca. Os militares russos foram capturados na ofensiva ucraniana na região russa de Kursk. “Todos os soldados russos (trocados) estão atualmente em Belarus, onde recebem a ajuda psicológica e médica necessária”, acrescentou a fonte. As autoridades ucranianas ainda não confirmaram oficialmente a troca.

A ofensiva de Kiev lançada em 6 de agosto na região fronteiriça russa de Kursk pegou o exército russo de surpresa. A Ucrânia anunciou a prisão de centenas de soldados de Moscou. Segundo a imprensa russa, estes prisioneiros são, em sua maioria, recrutas e guardas de fronteira.

Em 24 de agosto, Rússia e Ucrânia anunciaram, também com a mediação dos Emirados Árabes, uma troca de 230 prisioneiros, incluindo soldados russos detidos em Kursk.

Drones na Ucrânia

Durante a madrugada desse sábado, a Rússia lançou novos ataques de drones contra a Ucrânia, menos de 24 horas após ameaçar o país e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

As forças de defesa ucranianas conseguiram interceptar 72 dos 76 drones lançados contra mais de doze cidades em todo o país. Não há, até o momento, registro de mortos ou feridos.

Pela manhã, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, renovou o pedido por mais mísseis de longo alcance, horas depois de Vladimir Putin afirmar que considerará os países da OTAN em guerra com a Rússia caso armem a Ucrânia com esse tipo de míssil.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também se manifestou sobre o acordo. “O nosso povo está em casa. Outros 103 soldados conseguiram retornar do cativeiro russo à Ucrânia”, escreveu em seu canal no Telegram.

“Oitenta e dois soldados e sargentos. Vinte e um oficiais. Defensores do Oblast de Kiev, Oblast de Donetsk, Mariupol e Azovstal, Oblast de Luhansk, Zaporizhzhia, Oblast de Kharkiv. Soldados das Forças Armadas da Ucrânia, Guarda Nacional da Ucrânia, guardas de fronteira, policiais”, acrescentou.

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