Por Redação O Sul | 12 de outubro de 2022
A Ucrânia não confirmou oficialmente o seu envolvimento na explosão
Foto: DivulgaçãoO FSB (Serviço Federal de Segurança da Rússia) informou nesta quarta-feira (12) que prendeu oito pessoas – cinco russos e três cidadãos da Ucrânia e da Armênia – pela explosão que destruiu a ponte da Crimeia no último sábado (08).
Conforme o FSB, a explosão foi organizada por uma equipe de inteligência ligada ao Ministério da Defesa ucraniano. A única ponte que liga a Rússia à península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014, foi inaugurada em 2018 por ordem do presidente Vladimir Putin. Ela era estratégica para os russos nos conflitos contra a Ucrânia.
Segundo autoridades da Rússia, a ponte foi destruída após uma bomba ser detonada dentro de um caminhão, incendiando sete tanques de um trem que transportava combustível. Três pessoas morreram.
A Ucrânia não confirmou oficialmente o seu envolvimento na explosão. Em represália, as forças russas lançaram mísseis contra cidades ucranianas, entre elas Kiev.
A ponte é uma das maiores de uso duplo da Europa (rodoviário e ferroviário), com 19 quilômetros de extensão. A via atravessa o estreito de Kertch, entre o mar de Azov e o mar Negro, e une a península de Kertch, na Crimeia, à região de Taman, no Sul da Rússia.
Além de ser um símbolo de prestígio da anexação da península por Moscou – ato considerado ilegal pela comunidade internacional –, a ponte rodoviária e ferroviária vinha sendo usada para transportar equipamentos militares para as Forças Armadas russas.
