Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 5 de agosto de 2015
A Rússia apresentou nessa terça-feira ante a ONU (Organização das Nações Unidas) um pedido oficial para reivindicar sua soberania sobre mais de 1 milhão de quilômetros quadrados do Ártico, considerando que anos de pesquisas provam seu direito aos ricos depósitos de minerais que existem sob esse oceano. O pedido formal apresentado à Comissão de Limites da Plataforma Continental da ONU estipula que, conforme pesquisas científicas, o país tem direito a 1,2 milhão de quilômetros quadrados adicionais da plataforma ártica.
Este território incluiria o Polo Norte e pode dar a Moscou o acesso a 4,9 bilhões de toneladas de hidrocarbonetos, de acordo com as estimativas do governo. O Ártico se tornou palco de tensões internacionais, com vários Estados exigindo sua soberania sobre o fundo do mar, que acredita-se que seja rico em minerais e hidrocarbonetos. As atuais leis internacionais dizem que um país tem privilégios econômicos exclusivos sobre a placa situada em um raio de 200 milhas náuticas ao redor de sua costa.
Expedições
Na requisição da Rússia estão incluídas as cristas de Mendeleyev e de Lomonósov, também reivindicadas por Dinamarca e Canadá. Moscou argumenta que ambas dorsais oceânicas, assim como o Polo Norte, formam parte do continente euroasiático. O país exigiu o território pela primeira vez em 2001, mas a ONU solicitou a apresentação de provas científicas de sua reivindicação. Desde então, os investigadores russos realizaram várias expedições no Ártico, a última delas em outubro.
(AG)