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Saúde Saiba como proteger crianças contra a hepatite; Organização Mundial da Saúde investiga mais de 300 suspeitas de nova doença

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Na infância, a hepatite A é a mais comum. (Foto: Opas)

A hepatite é uma inflamação do fígado e frequentemente é contraída por meio do vírus da hepatite, dos quais existem cinco tipos principais: A, B, C, D e E.

Na infância, a hepatite A é a mais comum. Delcides Neto, professor de pediatria na Universidade Federal do Tocantins (UFT), disse à CNN que é “possível evitar novos casos a partir do momento que há higienização das mãos, ter uma boa rede de saneamento básico, com água encanada e rede de esgoto”.

O pediatra explica que normalmente a contaminação é oral ou fecal, e as crianças podem contrair a doença de alimentos que vieram contaminados.

Ele destaca que, se esses casos investigados em vários países do mundo forem mesmo causados adenovírus, as medidas de precauções seriam as mesmas da Covid — pois se trata de um vírus respiratório.

“Todo cuidado nesse sentido é pouco, até porque em alguns lugares continuamos com o uso de máscara, lavagem das mãos e uso álcool gel. E nesse sentido [da hepatite] não seria diferente”, disse o professor.

Em grande parte dos casos, as hepatites virais são doenças silenciosas que não apresentam sinais ao longo dos anos. Geralmente, a doença já está em estágio mais avançado quando os sinais aparecem.

Os mais comuns são febre, fraqueza, dor abdominal, enjoo, náuseas, vômitos, perda de apetite, urina escura, olhos e pele amarelados (icterícia) e fezes esbranquiçadas.

Como os sintomas podem ser confundidos com outras doenças, Neto explica que habitualmente os casos de hepatite podem passar despercebidos, apenas como um caso gripal. Em outros casos há febre, dor no corpo e mal-estar.

“Quando há esses casos de resfriado, febre alta há mais de dois dias, é hora de procurar o médico. Se houver suspeita de hepatite, haverá a sorologia, exames de função hepática e assim por diante”, disse o pediatra.

Segundo o pediatra, dependendo do grau de defesa do organismo ou da virulência do vírus, pode entrar no caso de insuficiência hepática – necessitando de transplante de fígado nos casos mais graves.

“Normalmente são quadros mais leves, a recuperação é mais tranquila. Nos casos de hepatite A, que é a mais comum, a maioria das vezes tem evolução benigna”, disse.

Em entrevista coletiva na terça-feira (10), Philippa Easterbrook, do programa global de hepatite da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse a repórteres que a entidade havia recebido pelo menos 348 casos prováveis de hepatite aguda infantil, com 70 sob investigação, em mais de 20 países.

Segundo Easterbrook, o Reino Unido lidera em casos com cerca de 163, e apenas seis países estão relatando mais de cinco casos.

“Acho importante destacar que atualmente existem apenas seis países que estão relatando mais de cinco casos. Todos os demais países têm menos de cinco casos”, disse.

No Brasil, os dados Ministério da Saúde mostram 28 casos suspeitos da doença, sendo dois no estado do Espírito Santo, quatro em Minas Gerais, dois em Pernambuco, três no Paraná, sete no Rio de Janeiro, dois em Santa Catarina e oito em São Paulo.

Apesar do aumento de casos, o infectologista Marco Aurélio Sáfadi, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, afirmou à CNN que “não há necessidade de alarme. Contudo, é importante se atentar aos sintomas da hepatite infantil”.

Causas desconhecidas

Os casos misteriosos de doença hepática aguda que afetam, em especial, crianças pequenas e têm intrigado especialistas em saúde em todo.

Nos 348 casos relatados pela OMS, o que ocorre é que até o momento, é que não foi possível identificar um agente causador em comum entre eles, porque os exames não mostraram sinais desses tipos de vírus.

Easterbrook disse que a OMS investiga as hipóteses principais, que continuam sendo aquelas que envolvem um adenovírus – uma família comum de infecções responsável por doenças como resfriados e infecções oculares.

Neto a firma que a quantidade de casos não é considerada alta e destaca que o problema é não conhecer a origem das infecções.

“O fato de não conhecermos o agente causador alarma o mundo todo. Quando se pesquisa os agentes que causam a hepatite, os exames dão negativo. Então, causa certa estranheza e aumento da vigilância”.

Algumas especulações sobre a ligação com a vacina contra a Covid-19 foram levantadas. A Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA) disse que não há evidências de qualquer ligação com a vacina contra o coronavírus.

Sugerindo que a maioria dos casos ocorreu em crianças com menos de cinco anos, sendo são jovens demais para receber o imunizante.

Easterbrook, da OMS, disse, no entanto, que o foco da próxima semana é analisar os testes sorológicos para exposição anterior e infecções de Covid. “Uma consideração importante é o papel da Covid, seja como coinfecção ou infecção passada”, disse Easterbrook.

Sáfadi afirmou que não há relação entre os casos de hepatite infantil aguda e a vacina contra a Covid-19.

“Três quartos dos casos ocorreram abaixo dos 5 anos de idade na Europa e nos Estados Unidos, na faixa etária que não há indicação de vacinas nesses países. Mesmo no grupo de crianças maiores, que eventualmente poderiam ter idade para serem vacinadas, a maioria não foi. Se há convicção nesse momento, é que não há relação alguma desses casos [hepatite] com a Covid-19”, disse.

Para o Neto, da UFT, ainda é cedo para fazer qualquer especulação. “Até agora não há conclusão. Temos que aguardar os estudos correrem e as autoridades se manifestarem.” As informações são da CNN.

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