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Saúde Câncer colorretal: doença que matou Chadwick Boseman atinge 40 mil brasileiros por ano

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Chadwick Boseman lutava desde 2016 contra um câncer de cólon.

Foto: Reprodução/Instagram
Estudo avaliou mais de 100.000 diagnósticos de pacientes com câncer. (Foto: Reprodução)

O câncer de cólon, que vitimou o ator e intérprete do super-herói Pantera Negra nos cinemas, Chadwick Boseman, ou câncer de intestino, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e ânus. Também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal.

É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso.

O câncer de cólon é o segundo tipo de câncer mais comum entre os brasileiros (com exceção do câncer de pele não melanoma). Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 40 mil novos casos da doença aparecem por ano no país, atingindo homens e mulheres igualmente.

A formação do câncer de intestino envolve fatores genéticos e ambientais, como má alimentação e sedentarismo. “O tumor do intestino, quando diagnosticado na fase inicial, alcança índices de cura entre 90% e 95%”, afirma Omar Feres, médico proctologista e professor do Departamento de Cirurgia e Anatomia da FMRP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto) da USP. O tratamento principal é feito pela ressecção cirúrgica e a quimioterapia só é necessária em casos mais avançados do tumor. Quando o câncer está localizado no reto, parte final do intestino, pode ser feita a radioterapia antes da cirurgia.

“O exame de colonoscopia mudou a história do câncer do intestino, pois dá a chance do profissional atuar antes de virar tumor”, conclui.

O que aumenta o risco?

Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação não saudável (ou seja, pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras). O consumo de carnes processadas (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e a ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) também aumentam o risco para este tipo de câncer.

Outros fatores relacionados à maior chance de desenvolvimento da doença são história familiar de câncer de intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama, além de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.

Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC). Pacientes com essas doenças devem ter acompanhamento individualizado.

A exposição ocupacional à radiação ionizante, como aos raios X e gama, pode aumentar o risco para câncer de cólon. Assim, profissionais do ramo da radiologia (industrial e médica) devem estar mais atentos.

Como prevenir?

A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino. Uma alimentação saudável é composta, principalmente, por alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, grãos e sementes. Esse padrão de alimentação é rico em fibras e, além de promover o bom funcionamento do intestino, também ajuda no controle do peso corporal. Manter o peso dentro dos limites da normalidade e fazer atividade física, movimentando-se diariamente ou na maior parte da semana, são fatores importantes para a prevenção deste tipo de câncer.

Verifique se seu peso está adequado com uma calculadora de IMC.

Não fumar e não se expor ao tabagismo.

Sinais e sintomas

Os sintomas mais frequentemente associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes; alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados); dor ou desconforto abdominal; fraqueza e anemia; perda de peso sem causa aparente; alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas); massa (tumoração) abdominal.

Esses sinais e sintomas também estão presentes em problemas como hemorroidas, verminose, úlcera gástrica e outros, e devem ser investigados para seu diagnóstico correto e tratamento especifico.

Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.

Diagnóstico

O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio).

Tratamento

O câncer de intestino é uma doença tratável e frequentemente curável. A cirurgia é o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos (pequenas estruturas que fazem parte do sistema de defesa do corpo) dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia (uso de radiação), associada ou não à quimioterapia (uso de medicamentos), para diminuir a possibilidade de recidiva (retorno) do tumor.

O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas.

Após o tratamento, é importante realizar o acompanhamento médico para monitoramento de recidivas ou novos tumores.

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https://www.osul.com.br/saiba-mais-sobre-o-cancer-de-colon-que-vitimou-o-ator-que-interpretou-o-pantera-negra-no-cinema/ Câncer colorretal: doença que matou Chadwick Boseman atinge 40 mil brasileiros por ano 2020-08-29
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