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Brasil Saiba por que Bolsonaro não recebeu alta hospitalar nessa sexta-feira

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Segundo os médicos, o candidato não pode passar por "situações de stress". (Foto: Reprodução)

Os médicos do Hospital Albert Einstein adiaram a “programação de alta” do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, para este fim de semana. Líder nas pesquisas de intenção de voto, Bolsonaro apresenta quadro de febre leve e bactéria de baixa virulência, de acordo com o mais recente boletim médico, e não pode voltar para casa nessa sexta-feira, como chegou a ser previsto anteriormente.

As reações são comuns, explicaram médicos especialistas em cirurgia do aparelho digestivo ouvidos pela imprensa. Com uma boa resposta aos antibióticos, o candidato do PSL poderia retomar atividades, sem fazer grandes esforços, em uma semana – a tempo de uma aparição antes do primeiro turno das eleições.

As informações são de Fábio Campos, membro-titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, e de Carlos Walter Sobrado, professor de cirurgia do aparelho digestivo do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo). Os dois especialistas não trataram o presidenciável.

O que mudou

Conforme o último boletim médico divulgado pela equipe do Hospital Albert Einstein, Bolsonaro apresentou “episódio isolado” de febre, 37,8°C. Os médicos também constataram a ocorrência de uma bactéria de “baixa virulência no sangue, sem focos de infecção no abdome”, onde o candidato foi atingido em um ataque com faca no dia 6 de setembro.

A bactéria foi detectada após a retirada do cateter que estava há dias no acesso venoso central do candidato, a veia perto do coração. Por esse acesso passavam alimentos e remédios. O tratamento está sendo feito com antibióticos, e Bolsonaro está na unidade de tratamento semi-intensivo do hospital.

Reações comuns

Sim, principalmente considerando que o cateter foi colocado já há vários dias, desde o início da internação. É por esse cateter, no acesso venoso central, perto do coração, que o paciente de uma cirurgia do aparelho digestivo recebe alimentação e medicamentos.

O procedimento é adotado pelos médicos em internações longas, para que não seja necessário abrir novos acessos na veia todos os dias. Quando esse cateter é finalmente retirado, é de praxe mandar a ponta do cateter para análise de cultura, para que os médicos se certifiquem de que não houve crescimento de bactérias.

É comum também, nesses casos, que o tempo prolongado de uso do cateter no mesmo lugar leve a uma flebite, que é um processo inflamatório na pele. A febre é também uma reação ao processo inflamatório, e considerada normal. Em casos mais graves, sem tratamento, o quadro pode evoluir para uma trombose.

Ou a bactéria pode ir para o coração e levar a uma endocardite, mas é algo bem mais raro. Não é o caso de Bolsonaro. Cerca de 99% dos casos de infecção no cateter são tratados de forma leve.

Tratamento indicado

Identificada a bactéria, os médicos iniciam tratamento com antibióticos. Normalmente, não são casos graves. Bastam de dois a três dias de antibióticos, e o paciente começa a voltar ao normal. Isso porque a infecção não é uma reação no intestino, que passou por duas cirurgias, mas uma reação local ao uso prolongado do cateter no acesso venoso central.

A chance é muito baixa de isso mudar. Quando não há mais febre, os antibióticos atuam e os exames de sangue descartam infecção, o paciente normalmente tem alta. No caso de Bolsonaro, é bastante provável que a programação de saída do hospital até domingo seja cumprida.

E, em até uma semana, ele poderia retomar as atividades, sem fazer grande esforço. Poderia, inclusive, aparecer a tempo do primeiro turno nas eleições, mas com precauções. O local do corte deve ser protegido.

Próximos passos

Após a alta, o paciente continua a tomar antibióticos por mais uns dez dias, de casa. Também faz uma dieta especial, natural após tantos dias de alimentação via venosa. Depois, volta para uma consulta com os médicos, para avaliar a reintrodução alimentar e a cicatrização do corte.

O acompanhamento é ainda mais importante no caso de Bolsonaro, visto que o corte não foi derivado de uma doença, mas de um trauma. Ele deve continuar com a bolsa de colostomia, para onde são direcionados fezes e gases. Com a recuperação gradual, em até três meses, retornará para uma nova cirurgia, para fechar a colostomia e reconstituir o trânsito intestinal.

 

Leia mais: https://oglobo.globo.com/brasil/entenda-por-que-bolsonaro-nao-recebeu-alta-nesta-sexta-como-previsto-23110718#ixzz5SS4pnB00
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