Sábado, 22 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de julho de 2023
Um simulador disponível no site NuclearSecrecy ganhou repercussão após o lançamento do filme “Oppenheimer”, na semana passada. A produção cinematográfica retrata a vida do pai da bomba atômica. E a ferramenta calcula qual seria o estrago de uma explosão semelhante em qualquer lugar do mundo. Leia mais abaixo sobre qual seria o impacto nas cidades Nova York, Pequim, Moscou e Kiev e também em outras três capitais brasileiras.
Nas projeções foram usadas bombas de 20 kilotons – justamente as mais poderosas criadas pela equipe do físico Robert Oppenheimer – lançadas de uma altura de 200 metros.
Estados Unidos
Em Nova York (EUA), a arma de destruição em massa resultaria na morte de 227.770 pessoas se fosse arremessada em Manhattan. Outras 376.680 vítimas ficariam feridas. A explosão também destruiria edifícios como o Flatiron Building e o Empire State Building.
China
Em Pequim (China), não restaria nada na Praça da Paz Celestial caso uma bomba atômica fosse jogada no local. Ao todo, a explosão no icônico espaço público no centro de Pequim mataria 58.970 pessoas. E outros 168.380 sobreviventes sofreriam ferimentos.
Rússia
O impacto da arma nuclear em Moscou, na Praça Vermelha, colocaria o Kremlin e o Teatro Bolshoi abaixo, além de matar 29.520 pessoas e ferir outras 14.380.
Ucrânia
Já na capital ucraniana, Kiev, a bomba atômica destruiria a Catedral de Santa Sofia, o Estádio olímpico, entre outras edificações. E ainda mataria 23.840 pessoas e deixaria 7.680 feridos.
Rio de Janeiro
Na capital fluminense, o impacto da arma nuclear foi simulado na Cinelândia, no centro histórico da cidade. A ferramenta calcula que 20.160 pessoas morreriam. Outras 9.220 ficariam feridas. Após atingir o solo, a bomba provocaria uma bola de fogo com raio de 263 metros. Isso significa que tudo o que está neste perímetro seria automaticamente “vaporizado”. Prédios históricos como o Teatro Municipal do Rio, o Palácio Pedro Ernesto – onde funciona a Câmara do Rio – e a Biblioteca Nacional viriam abaixo.
São Paulo
Em São Paulo, o simulador epicentro da explosão foi colocado sobre a Avenida Paulista. Como se trata de uma área com grande densidade de pessoas – e o aplicativo leva esses dados em conta – o número de mortes seria maior do que no Rio. De acordo com a ferramenta, a explosão resultaria em 67.850 mortes e ainda 50.630 feridos.
A arma nuclear ainda destruiria completamente os arranha-céus da Avenida Paulista e o prédio do Museu de Arte de São Paulo (MASP).
Brasília
Na Praça dos Três Poderes, em Brasília, a bomba atômica levaria apenas alguns segundos para transformar o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional, a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Itamaraty em pó. Ao todo, seriam 37.350 mortos na capital federal. E outros 65.040 feridos.
Série de variáveis
A simulação leva em conta uma série de variáveis, como a densidade populacional do local escolhido, as condições climáticas, a altura da explosão, as edificações existentes na região – como a presença de hospitais e quartéis de bombeiros – e o relevo do terreno. As informações são do jornal O Globo.