Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 2 de dezembro de 2019
Marcos Paulo, 16 anos, foi a primeira vítima a ser reconhecida pela família
Foto: Reprodução/Arquivo PessoalFamiliares reconheceram os corpos das pessoas que morreram em uma confusão durante um baile funk na comunidade de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, na madrugada de domingo (01), depois de uma perseguição policial. Nove frequentadores da festa faleceram após serem pisoteados.
A primeira vítima reconhecida foi Marcos Paulo Oliveira dos Santos. Ele tinha 16 anos, era estudante e morava no Jaraguá, Zona Norte de São Paulo. De acordo com a família, essa foi a primeira vez que Marcos foi ao baile funk de Paraisópolis.
A família não sabia que ele tinha ido ao baile. Ele disse para a avó que iria comer uma pizza com os amigos. Os parentes fizeram o reconhecimento do corpo na tarde de domingo.
Segundo o Corpo de Bombeiros, os nomes dos mortos são:
No total, 12 vítimas foram hospitalizadas. De acordo com a corporação, apenas uma mulher que sofreu lesão na perna permanece internada.
O adolescente Dennys Guilherme havia feito um post em uma rede social afirmando que estava no baile funk: “Hoje eu tô inspirado, vou mandar o magrão de esquina a esquina e dar um tapa na cabeça da sua vó, não quero saber de nada, meninas hj o pai vai tá online, vou surfar mais que o Medina”.
Tumulto
De acordo com a polícia, agentes do 16º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano realizavam a Operação Pancadão quando foram alvo de tiros disparados por dois homens em uma motocicleta.
A dupla teria fugido em direção ao baile funk ainda atirando, o que provocou tumulto entre os frequentadores do evento, que tinha cerca de 5 mil pessoas. Os policiais ingressaram na festa e foram recebidos com garrafadas e pedradas, segundo a corporação. Eles reagiram e nove pessoas acabaram morrendo pisoteadas durante a confusão.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), lamentou as mortes e pediu “apuração rigorosa” do episódio.