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Mundo Saída do Afeganistão: Joe Biden quer que os Estados Unidos deixem de ser a polícia do mundo

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No discurso de abertura, Biden falou sobre as emissões de metano. (Foto: Lawrence Jackson/The White House)

A saída dos Estados Unidos do Afeganistão pode ser um indicativo de que os Estados Unidos não querem ser os mesmos de antes. Para além do trauma da saída às pressas de Cabul, o presidente norte-americano, Joe Biden, agora fala em um movimento mais amplo: parar de usar seus vastos recursos militares para impor a ordem e os valores americanos em todo planeta.

“Esta decisão sobre o Afeganistão não é apenas sobre o Afeganistão”, disse Biden em um discurso recente que, para muitos, foi histórico. “Trata-se de encerrar uma era de empreender grandes operações militares para reconstruir outros países”, afirmou. “Os direitos humanos estarão no centro da nossa política externa, mas a maneira de fazer isso não é por meio de deslocamentos infinitos”, acrescentou. “Nossa estratégia tem que mudar”, frisou.

Benjamin Haddad, diretor do Atlantic Council, instituto de relações internacionais, classificou o discurso como “um dos mais eloquentes repúdios do internacionalismo liberal por parte de qualquer presidente americano nas últimas décadas”. Para alguns americanos que gostam de ver seu país como uma superpotência única e invencível, o anúncio pode ser um choque. Para a maioria, no entanto, segundo pesquisas, é provável que a guinada de Biden seja popular.

Trump e Biden

Sob a ótica do senso comum, a presidência de Biden deveria ser o exato oposto do governo de seu antecessor, o republicano Donald Trump. É verdade que, desde a posse de Biden, em 20 de janeiro deste ano, muitas coisas mudaram: da decoração da Casa Branca até o retorno dos Estados Unidos ao Acordo de Paris sobre o Clima.

Mas o abandono de “aventuras militares sem fim” — às quais seus críticos se referem como o papel dos EUA de “polícia do mundo” — é algo que Trump já defendia.

Em relação ao Afeganistão, as pesquisas mostram um forte apoio à saída das tropas (77%, segundo uma enquete do jornal The Washington Post com a emissora ABC News), mesmo que Biden esteja sendo duramente criticado pela caótica retirada.

Apesar disso, Biden difere do isolacionismo de Trump em seu entusiasmo por buscar alianças. Os Estados Unidos não vão se gabar de ser a “polícia do mundo”, diz a teoria de Biden, mas sim de que podem ser um líder amistoso. Seu governo agiu rapidamente para colocar Washington de volta no centro das negociações tortuosas entre as grandes potências e o Irã sobre seu programa nuclear, do acordo climático e de alianças tradicionais, como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

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