Colunistas Samba contravenção e traição!
Por Redação O Sul | 28 de março de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Mais uma segunda nublada com ares de tempestades especialmente politicas. Pós feriadão a presidenta Dilma retornou para Brasília envolvida radicalmente em tentar segurar a sua base de governo especialmente dos integrantes do volúvel, infiel e mercenário PMDB.
Dilma ainda tem que segurar os outros partidos da chamada bancada rebelde: PSD, PTB, PR, PDT e PP, comandam juntos, um orçamento de R$ 49,4 bilhões em seus ministérios. Somadas, as respectivas bancadas totalizam 160 deputados. O preço a ser barganhado é alto: o apoio representa um desembolso de R$ 308,7 milhões por parlamentar.
Segundo um interlocutor que teria conversado com a presidenta ela teria dito: “não sei se estarei aqui dentro de 90 dias”. Supondo que de fato Dilma tenha dito isso e que já saiba que foi rifada pelo sistema, e que sim sofrerá o impeachment na Câmara, os movimentos nervosos em busca da fidelidade da base partidária em troca de verbas e favores, não seriam mais um passo desastroso?
Curiosamente os movimentos traiçoeiros das últimas semanas faz lembrar do “síndico”: “Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita” ― Tim Maia. No Brasil a hipocrisia consegue alcançar índices insuperáveis. O cantor Neguinho da Beija Flor que convidou em 2009 o casal Lula para padrinhos do seu casamento realizado no sambódromo gravou em vídeo viralizado na internet o “Samba do Triplex”. A letra diz:
E o triplex da praia, me diga de quem é? – É de um amigo meu.
E sítio de Atibaia, de quem que é, neguinho? – É de um amigo meu.
E aquela fundação, que carrega o seu nome? – É de um amigo meu.
E aquela ilha que o senhor descansa? – É de um amigo meu.
Quem paga as suas contas e a suas mordomias? – É um amigo meu.
E aquele jatinho que o senhor usa? – É de um amigo meu.
E aquele filho milionário? – Excelência, esse não é meu.
Mas este é o caráter da nação afinal em entrevista a uma rádio local no ano passado o sambista agora crítico debochado do ex-presidente resolveu praticar o “sincericídio” quando revelou: “Eu sou do tempo que desfile de escola de samba era uma bagunça. Chegou a contravenção e organizou.
Hoje eles batem no peito e dizem com o maior orgulho: ‘o maior espetáculo audiovisual do planeta’! Agradeçam à contravenção”, disse o sambista na ocasião da conquista do título da Beija-Flor de Nilópolis em 2015.
É complicado assistir o roto criticando o rasgado. Mas, se temos como presidente da Câmara um réu da Lava Jato acusado não apenas pelo Ministério Público brasileiro mas, pelo governo da Suíça queremos mais o quê? Dizem que o PT e movimentos sociais já começam a pensar como vão atuar na oposição.
No plano do PMDB que assume com Temer os principais projetos seriam: desvinculação de receitas orçamentárias da educação e saúde, mudanças na Previdência Social, entre outras medidas.
O ex-presidente cassado da Câmara Ibsen Pinheiro vaticinou que o impeachment não passa. A conferir considerando que as dez sessões de prazo para a defesa de Dilma podem terminar ainda nessa semana. Dias nervosos. Lambanças, baixarias e traições compõe o quadro.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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