Sexta-feira, 07 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de junho de 2020
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes acolheu pedido da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a soltura da extremista Sara Giromini e de outros cinco integrantes do movimento 300 Pelo Brasil, mas determinou que eles passem a usar tornozeleira eletrônica.
Moraes determinou ainda que eles mantenham distância de, no mínimo, um quilômetro dos edifícios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, além de ficarem obrigados a permanecer apenas em suas residências e no local de trabalho, sem circular pelas ruas. Eles também não podem manter contato entre si.
No pedido, a PGR afirmou a Alexandre de Moraes que a prisão preventiva dos acusados era cabível, mas que outras medidas cautelares eram suficientes no momento para reduzir o risco à ordem pública representado pela liberdade do grupo.
A prisão de Sara e dos demais integrantes do grupo extremista ocorreu no inquérito que apura a organização e a realização de atos antidemocráticos, que pedem o fechamento do Congresso e do STF.
Além de Sara, são alvos das medidas cautelares Emerson Rui Barros dos Santos, Érica Vianna de Souza, Renan de Morais Souza, Arthur Castro e Daniel Miguel, todos integrantes do grupo.
Em nota, a defesa de Sara Giromini afirmou que as medidas determinadas são “desproporcionais e desprovidas de razoabilidade” e apontou “grave e inequívoca ofensa ao princípio da presunção de inocência”. “A defesa informa que tomará todas as medidas cabíveis para restaurar os diretos de todos, principalmente, de ir e vir e a liberdade de expressão”, diz a nota.
Vídeo
A bolsonarista Sara Winter, 28 anos, divulgou um vídeo na madrugada desta quinta-feira (25) após deixar a Penitenciária Feminina do Distrito Federal, onde ficou presa por dez dias. Na gravação, a ativista afirma que ainda não sabe o motivo que a levou para cadeia. Afirma que foi “presa política” e que não se arrepende de “lutar pelo Brasil”.
Líder do grupo extremista 300 do Brasil, Sara passou a usar tornozeleira eletrônica para sair da prisão.
“Boa noite, Sara Winter. O que sobrou da Sara e o que está renascendo da Sara. Foram 10 dias baixo uma prisão arbitrária que até agora não sei o motivo. Hoje, uma pessoa, enquanto eu colocava a tornozeleira eletrônica, me perguntou: Sara você se arrepende? Não, eu não me arrependo. Pelo meu país, eu faria o necessário”, disse a jovem aos seguidores no Twitter.
Ela afirma que ainda está abalada, mas “luta por um país justo e soberano”. Sabem citou pelo que teria passado na prisão. “Foram dias muito horríveis. A pior coisa é você ser apoiador do presidente Bolsonaro em um presídio. Você escuta ameaças horríveis contra você e contra seus familiares”, denunciou.