Colunistas Sartori: acordo da dívida representa mais R$ 11,3 bi pra o Estado
Por Redação O Sul | 4 de setembro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O governador gaúcho José Ivo Sartori (MDB) garantiu ontem que será impossível governar o Estado sem assinar o acordo de refinanciamento da dívida com a União: “São R$ 11,3 bilhões que ficarão no Estado”, explicou. Ele disse que ao assumir, projetou um déficit de R$ 25,5 bilhões nos quatro anos de governo, reduzido para algo em torno de R$ 8 bilhões. O governador falou durante o debate entre os candidatos ao Piratini, promovido pela revista Voto, no Sheraton Hotel, ontem pela manhã.
Herança do antecessor
O governador Sartori admitiu ainda, que uma das “heranças” recebidas do seu antecessor – Tarso Genro, do PT – foi o reajuste de servidores pago no seu governo. Segundo Sartori, “só na segurança, paguei R$ 4 bilhões em reajustes concedidos no governo anterior”. Este discurso é novo: desde que assumiu o governo, Sartori vinha evitando esmiuçar a “herança” recebida de Tarso Genro.
Mateus Bandeira, do Novo
Candidato do Novo, Mateus Bandeira atacou diretamente Jairo Jorge e Eduardo Leite e garantiu que “a única novidade nesta eleição é o partido Novo”. Bandeira lembrou que “todos os partidos aqui, à exceção do Novo, já governaram o Estado”. Ele denunciou a incoerência ideológica dos partidos, apontando que no Rio Grande do Sul, “37 prefeitos foram eleitos em aliança do PSDB com o PT, outros em aliança do PMDB com o PDT, e há um caso em Frederico Westphalen onde o prefeito do PSDB foi eleito em aliança com o PSOL”.
Jairo Jorge aposta nas PPPs
O candidato do PDT, Jairo Jorge não aceitou provocações, especialmente de Mateus Bandeira (Novo), e adotou um discurso conciliador ao defender um programa com alguns destaques: fazer o Rio Grande crescer “com menor burocracia e menos impostos”. Prometeu criar a Lei do Gatilho, que usou como prefeito de Canoas, e que aplica uma redução de impostos como forma de reduzir a sonegação. “Fazer funcionar bem o que já existe nas áreas da educação, saúde e segurança. Estimular as parcerias público-privadas em especial na infraestrutura, com a criação de uma Lei de Incentivo à infraestrutura”, propõe o candidato.
O candidato do PSDB, Eduardo Leite projeta lançar um pacote de R$ 30 bilhões para obras de infraestrutura, com ênfase nas rodovias, utilizando investimentos privados. Ele anunciou um ataque à burocracia do Estado, e admitiu que precisará por mais dois anos, do aumento nas alíquotas do ICMS, propondo-se a fazer depois uma revisão do sistema. Garantiu que precisará rever a relação do Estado com os servidores, buscando reduzir gastos. A área da educação será prioritária no seu governo, garantiu.
Vem aí pesquisa Ibope
O Ibope registrou na Justiça Eleitoral, aviso de que fará pesquisa de intenções de votos para o governo do Estado. Os resultados sairão no próximo dia 6, quinta-feira, véspera do feriado do dia 7 de setembro.
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