Quarta-feira, 08 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 22 de julho de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O governador José Ivo Sartori fez um movimento forte ontem no tabuleiro político, ao pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal) que considere inconstitucional o reajuste concedido a servidores do Judiciário, Assembleia Legislativa, Defensoria Pública, Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado promulgados pela presidente do Legislativo, deputada Silvana Covatti (PP).
Como argumento, o Executivo sustenta no STF que o que foi pedido, tratou-se de recomposição dos vencimentos e não a concessão de aumento ou reajuste setorial. Na ótica da Procuradoria-Geral do Estado, recomposição é o mesmo que revisão geral anual, cuja competência cabe exclusivamente ao governador do Estado. O processo, como é recesso, será julgado pelo presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski.
Detran: outra frente
Para deixar claro que mantém firme seu foco no controle das despesas, o governador determinou ontem o corte no ponto dos servidores do Detran, o Departamento Estadual de Trânsito. A greve dura dez dias. Permanecendo a greve, e mantido o corte do ponto por 30 dias, o governo poderá legalmente promover outro movimento forte: a demissão dos grevistas, por abandono do emprego, caso o movimento não obtenha amparo legal.
TCE aguarda explicações sobre contas de Sartori
Enquanto isso, no Tribunal de Contas do Estado, o Conselheiro Estilac Xavier acolheu solicitação do governador do Estado do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, para ampliar prazo para prestar esclarecimentos sobre as contas do executivo em 2015. Estilac, ex-deputado petista, é o relator do processo de contas do governador, relativamente ao exercício de 2015. Com isso, a votação do processo, que estava prevista para o fim deste mês, deverá ser adiada para a segunda quinzena de agosto.
Nova fase do PR inicia com racha
A chegada de uma estrela, o deputado federal Giovani Cherini ao Partido da República, desacomodou líderes históricos que estão chiando. É o caso do deputado federal Cajar Nardes que até aqui exercia pessoalmente o comando do partido. A chegada de Cherini, respaldado pela direção nacional do partido, impôs uma nova estratégia, em especial na capital do Estado. Aí é que reside a maior divergência.
Cherini não vê o partido preparado para sustentar a candidatura de um nome que considera inviável e despreparado para uma disputa desse nível. Teme expor o partido numa eleição que funciona como vitrine nacional e não quer prejuízos à meta de transformar o PR em um dos cinco maiores partidos do Estado. A direção nacional dá total respaldo a Cherini, e estará hoje em Porto Alegre hoje para chancelar seu ingresso no partido e na presidência estadual.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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