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Brasil Se a taxa básica de juros brasileira cair para 6,5% ao ano nesta quarta, a caderneta de poupança vai render 0,37% ao mês

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Com uma Selic de 6,5%, o rendimento da poupança vai cair para 4,55% ao ano, ou 0,37% ao mês. (Foto: Reprodução)

Em mais uma rodada de avaliação da economia, o Copom (Comitê de Política Monetária) define o novo patamar da taxa básica de juros nesta quarta-feira (21). Há bons motivos para apostar em mais um corte em conta-gotas, de 0,25 ponto porcentual que, aplicado sobre os atuais 6,75%, levaria a Selic (taxa básica de juros) para 6,50% ao ano.

Ainda que modesto, o recuo do juro surte efeito imediato no desempenho das aplicações de renda fixa. A começar pela caderneta que tem sua remuneração atrelada diretamente ao juro básico da economia. Com a taxa atual de 6,75%, a caderneta está pagando 4,73% ao ano (70% da Selic) ou 0,39% ao mês.

Já com uma Selic de 6,50%, o rendimento da poupança vai cair para 4,55% ao ano, ou 0,37% ao mês. Uma aplicação de R$ 1 mil renderia R$ 3,70 em um mês ou R$ 45,50 em um ano. Dá até desânimo. Mas essa é a realidade do segmento de renda fixa.

Com os juros em queda, não só a caderneta é afetada, mas também os fundos de renda fixa. Eles até podem pagar um rendimento bruto superior a esses 0,39% ou 0,37% em um mês, mas porque cobram taxa de administração e Imposto de Renda acabam perdendo para a mais popular das aplicações no País. Taxas de administração acima de 1% ao ano tendem a prejudicar os fundos diante da caderneta.

O mesmo acontece com os títulos de renda fixa, como os CDBs emitidos pelos grandes bancos, que não oferecem o rendimento mais atraente do mercado, especialmente para o dinheiro mais miúdo. Retirada a lasca do Imposto de Renda, a remuneração líquida, a que é creditada ao aplicador, pode ficar abaixo do que é pago pela caderneta.

Prazo

Para aplicações de curto prazo, por até seis meses, não há muito o que pensar nem calcular, a caderneta se apresenta como opção. É melhor do que deixar o dinheiro mofando em conta corrente.

Se puder deixar os recursos empregados por prazos mais elásticos, a história começa a mudar de figura, porque o Imposto de Renda vai caindo e a taxa de remuneração, ficando mais interessante.

Aparecem como opções mais interessantes os títulos do governo, pelo Tesouro Direito. Pelas simulações feitas e títulos oferecidos no site da Rico Corretora, a diferença é representativa, sempre considerando rendimento líquido, depois dos descontos, em cada um deles.

Para uma aplicação de R$ 10 mil, por dois anos, o rendimento na poupança seria de R$ 966,28; de um Título IPCA 2024, de R$ 1.223,10 (27% superior ao da poupança); de um Título Prefixado 2015, de R$ 1.567,96 (63% superior ao da poupança).

Para a mesma aplicação – R$ 10 mil em 2 anos –, em CDBs oferecidos pela mesma plataforma da Rico Corretora, o rendimento do papel emitido pelo Banco Agiplan é de R$ 1.392,57 (44% superior ao da poupança); e pelo CDB do Banco Original, de R$ 1.405,29 (45% superior ao da poupança).

E mesmo pelo prazo de um ano, alguns CDB são competitivos em relação à caderneta. Enquanto a caderneta renderia R$ 472,00, um CDB emitido pelo Banco Semear pagaria R$ 627,33 e um papel emitido pelo Banco Novo Continental, R$ 638,75. Em ambos os casos, uma remuneração superior a 30% ao da caderneta, que não deve ser desprezada.

Esses bancos menores, chamados de segunda linha, não dispõem de uma grande rede para captação desses recursos nem a grife das maiores instituições financeiras e, por isso, oferecem uma taxa de juro maior para atrair o investidor.

Razões

No mercado financeiro, a queda da Selic em 0,25 ponto porcentual é dada como certa, desde que a inflação oficial de fevereiro mais baixa surpreendeu a todos, até mesmo as autoridades monetárias.

Assim, diante de uma inflação para 2018 que se projeta insistentemente abaixo do piso da meta de 3% e da necessidade de acelerar a retomada do crescimento econômico, a expectativa é que o Copom venha a colocar a Selic um degrau abaixo, a partir de quinta-feira (22).

O cenário externo também se mostra favorável: a inflação mais acomodada nos Estados Unidos reduz a pressão sobre um aperto monetário com aumento dos juros na economia americana. Se é assim, os juros aqui não precisariam subir para atrair ou manter os investidores estrangeiros.

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