Segunda-feira, 07 de outubro de 2024
Por Redação O Sul | 14 de setembro de 2024
Diante do cenário de sobrecarga nos serviços de emergência, a Secretaria da Saúde de Porto Alegre decidiu prorrogar por um mês a Operação Inverno, que seria encerrada em 30 de setembro. A demanda acima da capacidade da rede municipal é atribuída principalmente aos casos de problema respiratório em meio ao cenário de piora na qualidade do ar, devido à poluição pela fumaça decorrente de queimadas em outros Estados.
Informação atualizada nesse sábado (14) pela prefeitura aponta que 103 das 135 vagas ampliadas em hospitais permanecem ativas em estabelecimentos de bairro como Restinga e Vila Nova (ambos na Zona Sul), além do São Lucas da PUCRS (Zona Leste). São leitos clínicos, de suporte ventilatório e UTI pediátrica. O Hospital de Pronto Socorro (HPS) também ampliou 20 leitos permanentes de retaguarda.
Para casos clínicos mais leves, a recomendação é de que o paciente busque o posto de saúde mais próximo de sua casa. Mais de 25% dos atendimentos da unidade de pronto atendimento (UPA) Moacyr Scliar, no bairro São Sebastião (Zona Norte) abrangem indivíduos da Grande Porto Alegre, ao passo que 15% da demanda se dá nos prontos-atendimentos (PA) Cruzeiro do Sul (Zona Sul), Bom Jesus e Lomba do Pinheiro (ambos na Zona Leste).
Diversos serviços contam com horários estendido ao turno da noite, com horários de fechamento entre 18h e 22h. Esses e outros detalhes podem ser conferidos no site prefeitura.poa.br ou na plataforma 156.
Recomendações gerais
– Em caso de sintomas respiratórios, buscar atendimento médico o mais rápido possível;
– Beber mais água e líquidos, para manter o aparelho respiratório úmido e melhor protegido;
– Se possível, permanecer menos tempo em ambiente aberto, durante o dia ou à noite;
– Manter portas e janelas fechadas, a fim de diminuir a entrada da poluição externa no ambiente;
– Evitar atividades em ambiente aberto enquanto durar o período crítico de contaminação do ar pela fumaça.
Recomendações específicas
Indivíduos com problemas cardíacos, respiratórios ou imunológicos devem manter ao alcance os remédios indicados pelo médico, para facilitar o acesso durante situações de crise aguda.
Também é fundamental buscar atendimento médico de forma imediata, se houver sintomas de piora das condições de saúde após exposição à fumaça. Outra orientação é consultar um médico sobre a necessidade de mudar o tratamento.
A equipe de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde (SES) ainda não identificou alta nos casos de síndrome gripal não relacionados a vírus respiratórios. De qualquer forma, é recomendável que a população adote alguns cuidados básicos, tais como:
– Aumentar a ingestão de água, a fim de manter as vias respiratórias úmidas.
– Evitar atividades ao ar-livre e manter fechadas as portas e janelas.
– Utilizar máscaras faciais, especialmente no caso de indivíduos com doenças respiratórias ou imunológicas.
– Buscar atendimento médico de forma imediata, caso necessário.
(Marcello Campos)