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Porto Alegre Secretaria de Habitação planeja frente para atuar preventivamente em áreas de risco em Porto Alegre

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Mapeamento mostra que há pelo menos 118 áreas de risco em Porto Alegre, espalhadas por 29 bairros

Foto: Giulian Serafim/PMPA
Mapeamento mostra que há pelo menos 118 áreas de risco em Porto Alegre, espalhadas por 29 bairros. (Foto: Giulian Serafim/PMPA)

A SMHARF (Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária) de Porto Alegre planeja criar um grupo para a atuação preventiva junto às áreas de risco mapeadas no município. A ideia, segundo o secretário André Machado, é atuar junto com a Defesa Civil e outras secretarias e órgãos da prefeitura.

Na semana passada, a Prefeitura de Porto Alegre publicou decreto reestruturando a Copae (Comissão Permanente de Atuação em Emergências). Criada em 2005, a comissão é a responsável por articular as ações de atendimento a emergências. Contudo, a SMHARF planeja uma outra frente, igualmente ampla e integrada, para focar na prevenção de qualquer desastre, incluindo universidades e organizações da sociedade civil.

O mapeamento do Demhab (Departamento Municipal de Habitação) mostra que há pelo menos 118 áreas de risco em Porto Alegre, espalhadas por 29 bairros da cidade, mas com maior concentração nas zonas Sul e Leste. Três delas ficam na Rua da Represa, entre os bairros Cel. Aparício Borges e São José, que receberam a visita do secretário de Habitação e Regularização Fundiária, André Machado, e do Coordenador da Defesa Civil de Porto Alegre, Cel. Evaldo Rodrigues, no dia 2.

“Queremos ter um ponto centralizador das demandas e das ações, que são interligadas. As competências pelas áreas de risco são de mais de uma secretaria e, por isso, precisamos dialogar principalmente no sentido de proteger as famílias que vivem nessas áreas. Se hoje já temos a Copae, que faz um trabalho para atender as emergências, precisamos fortalecer o diálogo e espaços para o que pode ser feito antes de uma emergência ocorrer”, destaca o secretário André.

Hoje, estima-se que pelo menos 44 mil pessoas vivam nas áreas consideradas de risco em Porto Alegre. Elas estão, em geral, em beiras de arroios e topo ou pé de morros. Uma das ideias, inicialmente, é retomar, através da Defesa Civil, um projeto de conscientização e informação aos moradores sobre como agir em situações de emergência.

“Sabemos que não há como retirar todas as pessoas das áreas de risco de uma vez só, então precisamos prestar informação. Vamos retomar nossas capacitações e reforçar o trabalho que pode ocorrer de maneira antecipada, mitigando os riscos possíveis, além de mantermos e fortalecermos o trabalho do atendimento quando ocorre qualquer sinistro”, comenta o Cel. Evaldo, da Defesa Civil.

Características das áreas de risco

As 118 áreas de risco mapeadas em Porto Alegre têm pelo menos 11 mil residências espalhadas por 29 bairros. Este número permanece em constante alteração em função de mudanças e também novas moradias que são construídas de maneira descontrolada.

Inundação, enxurrada e erosão de margem representam risco a 47,3% das residências. Na sequência vêm corrida de lama e deslizamento/rolamento de blocos, com 29,5% das casas. Pelos dados da CPRM/Serviço Geológico do Brasil, 90% das residências dessas 118 áreas são classificadas como tendo risco alto e 10%, muito alto.

Além da Rua da Represa, o secretário André Machado visitou, no dia 25 de janeiro, a Vila Laranjeiras, no Morro Santana, uma área considerada de alto risco em função de alagamentos e possibilidade de deslizamentos. Outras áreas serão elencadas para visitas de reconhecimento dos locais e para a verificação se a realidade dos cadastros ainda se mantém em campo.

“Nós contamos muito com as diferentes secretarias e órgãos do município para executarmos o máximo possível de ações que possam prevenir ocorrências graves nessas regiões. Enquanto poder público, não podemos dormir tranquilos sabendo que temos centenas e milhares de porto-alegrenses dormindo em áreas de alto risco”, destaca o secretário André Machado.

Na maioria dos casos, pela natureza dessas áreas, o risco aumenta em dias de chuva forte, tanto pela possibilidade de cheias de arroios quanto por possíveis deslizamentos de barrancos e encostas.

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