Terça-feira, 04 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de agosto de 2020
A taxa de desemprego aumentou em 11 Estados brasileiros, entre eles o Rio Grande do Sul, no segundo trimestre deste ano na comparação com os três primeiros meses anteriores, segundo pesquisa divulgada na sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em outros 14 Estados, o desemprego se manteve estável. Já no Amapá e no Pará houve queda. As maiores taxas de desocupação foram observadas na Bahia (19,9%), Sergipe (19,8%) e Alagoas (17,8%), enquanto as menores ocorreram em Santa Catarina (6,9%), Pará (9,1%), Rio Grande do Sul (9,4%) e Paraná (9,6%).
Apesar de estar entre os três menores do País, o desemprego no RS subiu 1,1 ponto percentual no segundo trimestre, passando de 8,3% para 9,4%.
Na média nacional, a taxa de desemprego subiu para 13,3% no segundo trimestre, atingindo 12,8 milhões de pessoas. Em três meses, o País perdeu 8,9 milhões de postos de trabalho em meio aos impactos da pandemia de coronavírus, que provocou uma queda recorde no número de brasileiros ocupados.
Já os maiores avanços na taxa de desemprego foram observados em Sergipe (4,3 pontos percentuais), Mato Grosso do Sul (3,7 pontos), Rondônia (2,3 pontos) e Rio de Janeiro (1,9 pontos).
A Pnad Contínua é realizada em 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados. Existem outros números sobre desemprego, apresentados pelo Ministério da Economia, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os dados são mais restritos porque consideram apenas os empregos com carteira assinada.
Seguro-Desemprego
Com a chegada da pandemia do novo coronavírus e o aumento no número de demissões em um curto espaço de tempo, fez com que vários projetos de lei sobre o seguro-desemprego fossem enviados a Câmara dos Deputados, onde, em sua maioria os projetos propõem a prorrogação das parcelas do seguro.
Dentre os Projetos de Lei, podemos destacar a PL 3.618/2020, que permite aos trabalhadores demitidos durante o período de pandemia um recebimento de até sete parcelas do seguro-desemprego, além de mais seis repasses subsequentes. Em regra atual o seguro para entre três a cinco parcelas, dependendo do número de vezes em que o trabalhador já solicitou o benefício ou ainda o tempo de trabalho.
Existem outros projetos de lei que pedem a ampliação do seguro-desemprego, como a proposta do deputado Elvino José Bohn Gass (PT-RS) que prevê a ampliação do benefício para sete parcelas, onde União arcaria com as despesas provenientes das novas cotas. Os pagamentos seriam operacionalizados pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Temos também a proposta da deputada Flávia Arruda (PL-DF) que pede a prorrogação do seguro-desemprego, por mais quatro meses nas regiões mais afetadas pelo desemprego no período de pandemia.
Existem atualmente cerca de 40 propostas foram encaminhadas à Câmara dos Deputados com essa temática.
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