Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 5 de junho de 2017
Seis países árabes anunciaram, nesta segunda-feira (05), que cortaram as relações diplomáticas com o Qatar, acusado de criar instabilidade na região do Golfo Pérsico ao apoiar grupos terroristas. Líbia, Iêmen, Egito, Arábia Saudita, Bahrein e Emirados Árabes Unidos quebraram os vínculos com a península dias após a visita do presidente dos EUA, Donald Trump, à região.
Segundo as agências de notícias internacionais, cidadãos do Qatar têm 14 dias para deixar Egito, Arábia Saudita, Bahrein e Emirados Árabes Unidos, que anunciaram o fechamento das fronteiras nas próximas 24 horas.
Os Emirados Árabes deram prazo de 48 horas para que os diplomatas do país deixem o Qatar. Abu Dahbi acusa Doha de dar suporte ao terrorismo, ao extremismo e a organizações sectárias. Todos os portos de entrada entre a Arábia Saudita e o Qatar foram fechados. Segundo comunicado, a atitude foi tomada para “proteger a segurança nacional dos perigos do terrorismo e do extremismo”.
Após o anúncio do rompimento das relações diplomáticas, a Qatar Airways suspendeu todos os voos para a Arábia Saudita. No final do mês passado, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e o Egito já haviam bloqueado vários meios de comunicação do Qatar, incluindo a rede Al Jazeera, após comentários feitos pelo emir Sheikh Tamim Al Hamad Al Thani. Ele saudou o Irã como um “poder islâmico” e criticou a política do presidente dos EUA, Donald Trump, em relação a Teerã.
Reações
O Ministério do Exterior do Qatar afirmou que a decisão dos países em cortar laços diplomáticos é “injustificada”. O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, disse que a decisão pode ter um efeito significativo para a luta contra o terrorismo. Já um alto funcionário iraniano declarou que a decisão não ajudará a acabar com a crise no Oriente Médio.