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Brasil Sem previsão de acordo, o Supremo faz nova reunião para tentar conciliação sobre a tabela de frete no País

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Setor produtivo argumenta que tabela encarece o frete e prejudica a concorrência

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Setor produtivo argumenta que tabela encarece o frete e prejudica a concorrência. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Ainda sem previsão de acordo entre caminhoneiros e o setor produtivo, o STF (Supremo Tribunal Federal) promoverá nesta terça-feira (10) uma reunião de conciliação sobre a tabela de frete. O encontro foi pedido pela AGU (Advocacia-Geral da União) e adiou o julgamento das ações que contestam a lei que criou a tabela de frete.

A reunião será coordenada pelo ministro Luiz Fux, relator das ações que contestam a tabela. Um ano e meio depois da criação do frete mínimo, a aplicação ainda gera insatisfação no setor produtivo. A queixa é a de que a tabela encarece o frete e prejudica a concorrência. Os caminhoneiros reclamam do que consideram descumprimento e pouca efetividade da medida.

O frete mínimo foi criado em 2018 pelo governo Michel Temer, após a greve dos caminhoneiros que bloqueou estradas e comprometeu o abastecimento de combustível, de medicamentos e de alimentos em todo o Brasil. A tabela de frete era uma das reivindicações da categoria.

Logo que foi criada, no entanto, a tabela foi contestada pelo setor produtivo, para o qual a medida era inconstitucional e iria prejudicar a concorrência.  Um ano e meio depois da criação da tabela, a CNI (Confederação Nacional da Indústria), autora de uma das ações de inconstitucionalidade, avalia que a tabela gerou prejuízos tanto para o setor produtivo, como para caminhoneiros.

A entidade relata que a criação da tabela elevou o preço do frete e acabou incentivando empresas a comprarem frota própria para o transporte, o que levou a uma redução da demanda por caminhoneiros autônomos. Segundo a CNI, em um ano de vigor da tabela, o frete rodoviário ficou 11% mais caro.

O diretor jurídico da CNI, Cássio Borges, afirmou que, na audiência, a entidade vai apresentar as propostas que vem discutindo desde que a tabela foi instituída, mas que não prevê a manutenção de um valor mínimo para o frete.

Entre as propostas da CNI, estão a criação do MEI (Microempreendedor individual, cuja carga tributária é reduzida) do caminhoneiro, o incentivo ao cooperativismo e a isonomia tributária entre transportadoras e caminhoneiros autônomos.

Questionada sobre a participação na audiência e sobre a apresentação de uma proposta de acordo, a AGU afirmou em nota que acredita “na efetividade da audiência no sentido de melhor esclarecer a forma como a política de preços mínimos vem sendo aplicada”. O Ministério da Infraestrutura afirmou que a agenda será conduzida pelo STF e que acompanhará a audiência aguardando os resultados da conciliação.

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