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Economia Sem ter como pagar sua dívida, a Argentina vai pedir três anos de carência ao Fundo Monetário Internacional

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O ministro da Economia argentino, Martín Guzmán, disse que o país não tem condições de pagar as parcelas do empréstimo. (Foto: Reprodução)

A Argentina pretende obter uma carência de três anos em sua dívida com o FMI (Fundo Monetário Internacional). Diferentemente do que previa o acordo original com o Fundo, o ministro da Economia argentino, Martín Guzmán, disse ao jornal Valor Econômico que o país não tem condições de pagar as parcelas do empréstimo, nem mesmo se chegar a um acordo com os credores privados para reestruturar sua dívida externa.

Vamos ter de negociar um novo programa, simplesmente porque a Argentina não tem capacidade de efetuar pagamentos com os credores privados e tampouco com o FMI”, afirmou Guzmán.

Apesar de a Argentina já ter prorrogado três vezes as negociações com esses credores, o ministro disse que proposta a ser divulgada até o fim da semana é definitiva. Fontes afirmam que o governo estaria disposto a chegar a um valor de 49 centavos por dólar de bônus reestruturado. Os investidores querem 55 centavos.

Discípulo do Nobel de Economia Joseph Stiglitz na Universidade Columbia, onde era pesquisador, Guzmán tem o discurso afinado com o do presidente Alberto Fernández: afirma que a crise foi herdada da gestão Mauricio Macri, agravada pela pandemia e que o governo pretende organizar a situação do país. Entre suas prioridades no pós-pandemia estão fortalecer o mercado de capitais doméstico, reduzir o déficit orçamentário (estimado em 10% neste ano) e aumentar as reservas internacionais, hoje em US$ 42,7 bilhões, sendo US$ 10 bilhões líquidos, para recuperar a confiança dos investidores. Só então a Argentina deixará de ter impostos sobre exportações e controle de capitais rígido.

Questionado sobre a queda de transações com o Brasil, que perdeu o posto de principal parceiro comercial da Argentina para a China, ele fez um aceno e chamou o país de “nação irmã”. Na prática, no entanto, as relações entre os dois governos estão em seu pior momento desde o fim da ditadura militar.

Acordo com credores

O presidente argentino, Alberto Fernández, disse nesta quarta-feira (10) que o prazo para as negociações de reestruturação da dívida, que deve expirar nesta sexta-feira, provavelmente será prorrogado por pelo menos dez dias e possivelmente mais, já que o país pretende fechar um acordo com os credores.

Em entrevista à emissora Radio 10, o peronista de centro-esquerda acrescentou que o país, atingido por uma recessão, precisa finalmente chegar a um acordo com os detentores de cerca de 65 bilhões de dólares em dívida externa argentina, embora isso possa levar mais tempo.

Está claro que a Argentina precisa chegar a um acordo com os credores. Está claro que os credores não aceitaram nossa oferta, e a Argentina vai melhorar sua oferta”, disse Fernández, acrescentando que se encontrará com o ministro da Economia, Martin Guzmán, para discutir detalhes.

Perguntado se o prazo de sexta-feira poderia ser prorrogado novamente, ele disse que será e apontou que uma negociação de reestruturação anterior em 2005 havia levado a maior parte de um ano. “Sim (pode ser prorrogado), dez dias ou mais. Não sei. Estamos em negociação”, afirmou. As informações são do jornal Valor Econômico e da agência de notícias Reuters.

 

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https://www.osul.com.br/sem-ter-como-pagar-sua-divida-a-argentina-vai-pedir-tres-anos-de-carencia-ao-fundo-monetario-internacional/ Sem ter como pagar sua dívida, a Argentina vai pedir três anos de carência ao Fundo Monetário Internacional 2020-06-10
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