Terça-feira, 30 de setembro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Notícias Senado pode adiar votação de projeto de reoneração da folha de pagamento

Compartilhe esta notícia:

Ao saber da falta de propina, "Renan Calheiros [foto] disse que a partir de então deixava de prestar apoio político", segundo Cerveró (Foto: Moreira Mariz/Agência Senado)

Com o argumento de que o projeto da reoneração da folha de pagamento de setores da economia pressionará o aumento do desemprego no país, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), indicou nesta terça-feira (4) que os senadores podem adiar por prazo indefinido a votação da proposta, considerada o último ponto do ajuste fiscal conduzido pelo governo.

“Por que o Congresso não votou? Porque neste cenário agravado de recessão e desemprego, se nós votarmos a reoneração, nós vamos aumentar custo de produção, agravar a inflação e gerar mais desemprego”, afirmou Renan.

O peemedebista disse ainda que irá reunir os líderes partidários para decidir sobre a proposta. No entanto, segundo a Folha apurou, a intenção de Renan é não votar o projeto neste semestre.

Questionado sobre a defesa do governo de que a proposta é importante para ajudar na recuperação do caixa da União, Renan respondeu que “talvez o ministro não ache mais isso”, em referência ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, principal fiador do ajuste fiscal do governo.

Os dois almoçaram juntos nesta terça na residência oficial do Senado. De acordo com Renan, foi Levy quem solicitou o encontro.

“O ministro talvez não ache mais isso. Porque nesse cenário de recessão, reonerar a folha de pessoal vai agravar o desemprego. É responsabilidade do Congresso Nacional. Nós vamos conversar com os líderes e decidir o que fazer em relação a isso para tirar esse assunto da pauta do Congresso”, disse.

O peemedebista também afirmou que a crise econômica por que passa o país não é culpa do Legislativo. “O Congresso tem agido com absoluta responsabilidade. O desequilíbrio fiscal não é culpa do Congresso, pelo contrário, o Congresso tem procurado desarmar a bomba, as dificuldades da economia”, disse.

O projeto, que reverte parte do programa de alívio tributário do 1º governo Dilma, foi aprovado pela Câmara em uma versão mais branda do que o texto enviado pelo Executivo.

O texto aprovado eleva em mais de 100% a taxação para a maioria dos 56 setores beneficiados com o programa de desoneração da folha, mas abre exceções para os setores de massas, pães, suínos, aves e peixes. Para os setores de transporte, comunicação, (empresas jornalísticas e de radiodifusão), call center, calçados e confecções foi estabelecido um aumento de 50% na tributação.

A Fazenda contava com essa receita adicional para cumprir sua meta de economia do setor público neste ano, de R$ 66,3 bilhões.

Para valer, o projeto precisa ser votado pelo Senado. O governo propunha mais que dobrar as alíquotas incidentes sobre o faturamento dos 56 setores beneficiados pela desoneração no primeiro governo Dilma Rousseff. (Folha)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Notícias

FGV usa método diferente e conclui que Brasil está em recessão desde 2014
Contra Dilma, Câmara aprova urgência para votar contas de ex-presidentes
https://www.osul.com.br/senado-pode-adiar-votacao-de-projeto-de-reoneracao-da-folha-de-pagamento/ Senado pode adiar votação de projeto de reoneração da folha de pagamento 2015-08-04
Deixe seu comentário
Pode te interessar