Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 15 de novembro de 2015
Alvo de dois grandes ataques terroristas em menos de um ano, Paris, a Cidade Luz, ganhou contornos sombrios, sendo tomada por um sentimento de medo e vulnerabilidade. O forte reforço da segurança após o atentado islâmico ao jornal satírico Charlie Hebdo, em 7 de janeiro, não foi suficiente.
Sob frequentes ameaças de ataques extremistas, a França voltou a virar notícia na sexta-feira depois de mais um massacre que chocou o mundo, o maior desde 1945. Uma das maiores potências da Europa se tornava, mais uma vez, refém do terror.
Quando as primeiras informações de tiros, mortos e reféns começaram a surgir foi inevitável não recordar a ação contra Charlie Hebdo. O horror era que a tragédia se repetisse ou tivesse dimensões ainda maiores. E foi o que aconteceu, expondo a fragilidade não só francesa, mas de todos os outros países diante de um inimigo anunciado e imprevisível.
Uma das nações a integrar a coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o grupo radical muçulmano EI (Estado Islâmico), a França deu sequência a uma megaoperação contra o terrorismo neste ano, anunciando ter frustrado ofensivas em seu território e detido um número indeterminado de suspeitos.
O alvo não é só Paris. Há apenas dois dias, as autoridades francesas prenderam um homem que admitiu planejar ações contra militares em Toulon, no Sudeste do país. Em agosto, a polícia desmontou um atentado em um trem que fazia a rota Amsterdã-Paris.
Países que combatem o EI no Iraque e na Síria haviam manifestado o temor que jihadistas estrangeiros retornassem aos locais de origem para realizar atentados. A preocupação foi manifestada não apenas pela França, como também pela Inglaterra e pelos Estados Unidos. (AG)