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Fama & TV Séries de TV estão deixando as mulheres cada vez mais poderosas

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Julia Louis-Dreyfus como Selina Meyer, presidenta dos EUA, na série “Veep”. (Crédito: Reprodução)

Pouca gente se lembra da efeméride, mas há dez anos a democrata Mackenzie Allen entrou para a história da TV como a primeira mulher a ocupar a Casa Branca em uma série. Em “Commander in Chief”, Geena Davis era uma modesta congressista do Estado do Connecticut e reitora da Universidade de Richmond quando uma acomodação política a colocou no cargo de vice-presidente. Com a morte do titular, ela assumiu o comando, mas a “gestão” durou pouco. Por absoluta falta de audiência (e de carisma da protagonista), a série acabou cancelada logo no ano seguinte.
De lá para cá, a participação feminina na ficção política cresceu exponencialmente, mas foram pouquíssimas as mulheres que deixaram um “legado” na memória do público. Uma delas sem dúvida foi a ex-vice e atual presidenta dos Estados Unidos, Selina Meyer, na série “Veep”, que rendeu o Emmy para a protagonista Julia Louis-Dreyfus. Quando, em 2016, a democrata Hillary Clinton estiver começando sua maratona de primárias para chegar à Casa Branca, a HBO exibirá, em abril, a quinta temporada da épica carreira de Selina.

Bem antes disso, no começo de outubro, a CBS exibirá a segunda temporada de outra série que, assim como “Commander in Chief”, prometeu muito mais do que entregou em sua primeira edição: “Madam Secretary”. Para promover a atração, o canal contará com um reforço de peso. Ninguém menos que Madeleine Albright, a primeira mulher a ocupar de fato o cargo de Secretaria de Estado dos EUA, vaga que hoje pertence a Hillary Clinton, participará de um dos episódios interpretando a si própria e dando conselhos para a “sucessora” da ficção.

Nem os mais otimistas, porém, acreditam que o reforço será suficiente para salvar a atração da inanição criativa. A protagonista, Elizabeth McCord (Téa Leoni), lembra muito a presidente Mackenzie Allen em “Commander in Chief”. Professora universitária, democrata e idealista como antecessora, ela também é surpreendida ao ser convocada para ocupar o cargo, nesse caso o de secretária de Estado, quando o titular morre em um acidente aéreo.
Tramas domésticas.

Além da falta de carisma, ambas sofrem com o roteiro precário, elenco de apoio fraco e conspirações capengas. Nesse hiato de dez anos entre as duas poderosas, a TV americana mostrou que não conseguiu desvincular o poder feminino da obrigação de coadjuvá-lo por tramas domésticas. Não basta ser presidente, tem que ser mãe zelosa e boa esposa depois do expediente.
A insistência em colocar em primeiro plano a “sensibilidade feminina” cria situações constrangedoras. Em uma das cenas da primeira temporada, Elizabeth McCord conversa com os pais de dois adolescentes americanos que foram presos na Síria acusados de conspirar contra o regime nas redes sociais. “Também tenho dois filhos adolescentes. Eles são espertos, confiantes e articulados. Meu filho inclusive se diz anarquista”, diz a Madame Secretária. A preleção foi o suficiente para arrancar lágrimas e acalmar a aflição dos pais.

As melhores gestões femininas na ficção política estão mesmo fora dos EUA. Uma boa opção é a série “Borgen”, que acompanha a trajetória política de Birgitte Nyborg. Nas duas primeiras temporadas, ela ascende na política até chegar ao cargo de Primeira Ministra da Dinamarca. O expediente familiar também está presente, mas as tramas políticas são mais sofisticadas. Na terceira e última, ela rompe com o status quo e decide criar um novo partido. (AE)

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https://www.osul.com.br/series-de-tv-estao-deixando-as-mulheres-cada-vez-mais-poderosas/ Séries de TV estão deixando as mulheres cada vez mais poderosas 2015-08-11
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