Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 18 de janeiro de 2021
O Alzheimer é uma doença que afeta o cérebro humano, causando a perda de memória e comprometendo outras funções mentais importantes, conforme seu avanço. Apesar de ser mais comum em maiores de 60 anos, não é impossível que a doença acometa pessoas mais jovens.
Segundo a médica da Unimed Fortaleza, Dra. Danielle de Menezes Ferreira, esse número, no entanto, representa apenas 5% dos casos da doença.
“Com frequência, recebo pacientes relativamente jovens com queixas de memória. Eles têm receio de estarem desenvolvendo Alzheimer. Em geral, têm pai e mãe idosos com demência e acreditam que a genética está se manifestando”, diz ela.
É hereditário?
Segundo a médica Danielle, 5% dos casos de Alzheimer são chamados de familiares, enquanto 95% são esporádicos. A forma de Alzheimer familiar ocorre em adultos jovens após os 40 anos e pode ter caráter hereditário. Quando a doença é esporádica, o fator de risco mais importante é o avanço da idade.
O desenvolvimento do Alzheimer está relacionado a uma grande variedade de fatores. Dessa forma, para um correto diagnóstico do Alzheimer precoce, é necessário que um especialista avalie os sinais e sintomas do paciente e exclua a possibilidade de haver outros tipos de demência.
Sete sintomas de Alzheimer precoce:
1. Esquecer episódios que aconteceram recentemente;
2. Ficar repetitivo: contar as mesmas histórias ou fazer as mesmas perguntas repetidas vezes;
3. Esquecer compromissos agendados e datas relevantes;
4. Apresentar dificuldade de se manter em dia com as atualidades;
5. Apresentar dificuldade de reconhecer pessoas familiares;
6. Sentir-se desorientado no tempo e no espaço;
7. Apresentar dificuldade de aprender a usar eletrodomésticos novos ou celulares.
A médica alerta que o Alzheimer precoce tem fator genético muito mais significativo que o tardio. Existe uma combinação de quadro genético, predisposição genética e fatores ambientais que se somam e causam o problema.
Tratamento precoce
O tratamento do Alzheimer precoce não é diferente do Alzheimer tardio. Atualmente, não existe um tratamento 100% eficaz, mas há mecanismos para controlar os sintomas.
“Existem medicações que tentam desacelerar o processo de evolução da doença, que ajudam a controlar alguns sintomas como agitação e insônia.” explica a Dra. Danielle de Menezes Ferreira.
Além dos medicamentos, a prática de atividade física e a terapia ocupacional são importantes para o tratamento mais eficaz da doença. O aprendizado de novos conhecimentos e o suporte familiar também ajudam no tratamento. “O paciente deve fazer o possível para “deixar seu cérebro forte”, para que ele tenha reserva funcional.
Forma integrada
É importante ressaltar que, em adultos, a perda de memória pode ter inúmeras causas, desde aspectos comportamentais (depressão, estresse, ansiedade) até bioquímicos-metabólicos (hipotireoidismo, deficiência de B12 obesidade). Assim, um acompanhamento contínuo com uma equipe médica é a melhor forma de identificar a real causa dos sintomas apresentados.
“O que acontece no organismo pode ter impacto no cérebro. Cuidar da saúde como um todo acaba sendo importante para também preservar a saúde mental de forma ampla, psicológica e biológica, a parte estrutural e funcional”, aponta a Dra. Danielle.
Dessa forma, é importante estar com os exames e consultas médicas em dia. As visitas regulares ao médico prolongam o bem-estar e previnem doenças.