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Economia Setor agropecuário brasileiro teme desabastecimento de fertilizantes

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O Brasil importou mais de 1,5 mil toneladas de insumos para fertilizantes dos russos em 2021.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
A idade média do produtor brasileiro é hoje de 46 anos, enquanto nos EUA é de 58 anos. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Um levantamento da Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos), divulgado nesta quinta-feira (3), aponta que o Brasil possui um estoque de fertilizantes agrícolas apenas para os próximos três meses. Os dados foram levantados com base em dados do mercado, em conjunto com pesquisas da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

A guerra no leste europeu preocupa o setor agropecuário brasileiro. O segmento teme um desabastecimento dos fertilizantes, já que os russos são os principais fornecedores do produto usado nas lavouras brasileiras.

Atualmente, a Rússia representa cerca de 30% da importação do insumo para o Brasil. Os fertilizantes funcionam como um adubo, usados para preparar e estimular a terra para o plantio.

O Brasil importou mais de 1,5 mil toneladas de insumos para fertilizantes dos russos em 2021. Em valores absolutos, a Rússia só ficou atrás do Marrocos, que representa 37,9% do mercado brasileiro de fertilizantes.

“O mercado está de olho no conflito. A guerra preocupa bastante para a nova safra, que começa a ser plantada a partir do meio do ano, que é a safra de soja e milho. Isso porque o Brasil é muito dependente da Rússia, que é o segundo maior ‘player’ do insumo para gente. Existe um alerta ligado, sim”, afirmou o especialista do Safras & Mercado, Luiz Fernando.

Ainda de acordo com a associação, o setor aponta a dificuldade na logística marítima como o maior problema para o segmento, “por conta das restrições que inibem temporariamente o fluxo de navios à região do conflito”. O comunicado destaca ainda que a guerra “acarreta dificuldades para transportar os insumos, como registrado nas operações no Mar Negro”.

Levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mostra que os preços pagos pelo agronegócio brasileiro aumentaram até 5,8% em apenas uma semana. Instituto Brasileiro de Mineração diz que o país depende cada vez mais de insumos importados.

Cerca de 85% dos fertilizantes químicos usados na agricultura são importados, segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos. José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), avalia que o nível elevado dos preços das commodities agrícolas — como é o caso da soja e do milho — pode contribuir para um superávit comercial brasileiro além do estimado.

Em contrapartida, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, garantiu que o Brasil tem “estoque de passagem para chegar até a próxima safra, em outubro”.

Ela pontuou que a situação no leste europeu é “preocupante” e está sendo “acompanhada com cautela” pelo Ministério da Agricultura principalmente pelo fato de o país ter “forte dependência de importação” de alguns fertilizantes.

 

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https://www.osul.com.br/setor-agropecuario-brasileiro-teme-desabastecimento-de-fertilizantes/ Setor agropecuário brasileiro teme desabastecimento de fertilizantes 2022-03-03
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