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Variedades Síndrome de Ménière: além do padre Fábio de Melo, veja outros cinco famosos que tratam a doença

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Em 2020, foi a vez de a cantora britânica Jessie J, agora com 34 anos, revelar que também sofre de Ménière. (Foto: Reprodução)

A Síndrome de Ménière, doença crônica que o padre Fábio de Melo revelou tratar, acomete outros famosos no Brasil e no exterior. Entre eles estão estes cinco: Mariana Rios, Jessie-J, Kristin Chenoweth, Katie Leclerc e Huey Lewis.

Essa doença atinge duas a cada mil pessoas e provoca aumento da pressão de líquidos no labirinto, parte do ouvido responsável pelo equilíbrio e pela audição. Seus principais sintomas são crises de tontura de duração variável, perda auditiva, sensação de zumbido e de ouvido tapado, como se estivesse cheio de água, e vertigem.

No caso das celebridades mencionadas, o roqueiro americano Huey Lewis, de 71 anos, não pode mais se apresentar por causa da Síndrome de Ménière. Em 2020, o vocalista da banda Huey Lewis and the News lançou o disco “Weather”, possivelmente seu último álbum. Lewis perdeu a maior parte da capacidade auditiva já faz quase 40 anos. Em 2018, a audição no ouvido esquerdo piorou, de forma que ele não conseguia mais cantar como antes. Até então, era pelo lado esquerdo que ele ouvia melhor. Em abril daquele ano, Lewis precisou cancelar uma turnê da banda.

“As frequências mais baixas distorcem violentamente, tornando impossível encontrar a afinação”, explicou o artista à época numa postagem de rede social.

De acordo com o médico Luiz Lavinsky, da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial (ABORL-CCF), os primeiros sintomas surgem por um “zumbido súbito intenso” seguido de tontura, podendo causar náuseas e vômitos e pequena redução da audição, que é capaz de melhorar, mas muito improvável de voltar ao que era. Lavinksky explicou que essa queda da audição costuma variar a cada caso.

A atriz, cantora e apresentadora Mariana Rios detalhou que perdeu parte da audição por causa de estresse, informou a coluna da Patrícia Kogut em março. “Há três ou quatro anos, num pico de estresse, eu desenvolvi um problema. Eu tive uma surdez súbita. Perdi 30% da audição do (ouvido) esquerdo”, revelou ela em entrevista ao podcast Podpah, acrescentando que toma medicação para controlar os episódios de crise.

Numa gravação do programa Altas Horas, da TV Globo, Mariana disse que estava “no ápice” de uma crise e quando colocou o fone de retorno para cantar, ela não conseguia se escutar num lado.

Para Lavinsky, o tratamento da doença é fundamental para devolver qualidade de vida ao paciente. “O tratamento deve ser feito porque [a Síndrome de Ménière] gera manifestações incapacitantes que impedem os pacientes de terem uma vida normal”, afirmou o médico. “Conseguimos na maior parte das vezes ter um domínio da doença. O tratamento deve ser continuado.”

A síndrome surge, segundo o otorrinolaringologista, em decorrência do acúmulo do líquido chamado endolinfa no ouvido que, ao aparecer em excesso, provocam a crise de vertigem.

“Em boa parte não conseguimos determinar por que isso acontece, mas as causas definidas são principalmente encontradas nas doenças autoimunes, quadros imunoalérgicos, certos quadros traumáticos que alteram esse funcionamento desses líquidos, malformações de nascimento, entre outras.”

A artista americana Kristin Chenoweth, de 53 anos, famosa por suas atuações na Broadway e na série Glee, lida com a síndrome de Ménière há quase três décadas. Em entrevista à revista Womens’ Health em fevereiro, Chenoweth relatou que sua primeira crise de vertigem ocorreu quando ela tinha 24 anos. O diagnóstico, contudo, lhe foi dado apenas seis anos depois. Dali em diante, ela passou a tratar a condição com medicamentos, uma dieta controlada, com baixo teor de sódio, e prática de hábitos saudáveis.

De acordo com o otorrinolaringologista Felippe Felix, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o diagnóstico para a Síndrome de Ménière é clínico, feito com base nos sintomas do paciente e nos exames que descartam outras doenças. O ideal, segundo ele, é que seja realizado o quanto antes, pois a doença é progressiva.

“A pessoa vai tendo mais crises de tontura e a audição vai se deteriorando cada vez mais. Por isso é importante ter um controle da doença, com mudança no estilo de vida e em alguns casos de medicação, para impedir que progrida e gere uma incapacidade crônica na pessoa, tanto de equilíbrio quanto de audição, que vai diminuindo cada vez mais no lado do ouvido acometido”, afirmou Felix.

Em 2020, foi a vez de a cantora britânica Jessie J, agora com 34 anos, revelar que também sofre de Ménière. Segundo ela, a audição do ouvido direito foi temporariamente interrompida. A artista relatou ainda ter ficado incapaz de andar normalmente. Os sintomas estavam tão intensos em determinada ocasião que fizeram com que Jessie J procurasse um hospital em plena véspera de Natal.

“Parece que alguém ligou um secador de cabelo dentro do meu ouvido”, disse ela no Instagram sobre uma das sensações da síndrome. A cantora contou que se sente bem na maior parte do tempo, mas quando os sintomas aparecem, “toda a esperança desaparece”. “Eu me sinto tão perdida e tão sozinha no que está acontecendo”, acrescentou.

A atriz americana Katie Leclerc, de 35 anos, contou à Womens’ Health que descobriu ter problemas de audição há quase 20 anos. Ela disse que se ofereceu para ser filmada fazendo um teste para um vídeo justamente sobre perda auditiva. Assim como Chenoweth, o diagnóstico veio cerca de cinco anos depois da primeira percepção de que havia algo errado.

“O engraçado sobre a doença de Ménière em particular é que eu diria que os sintomas de todos são diferentes e são diferentes de dia para dia. Pode ser incrivelmente frustrante… Dizem que as taxas de depressão de pessoas que têm Ménière completo são as mesmas taxas de depressão de pessoas que têm câncer terminal. Fico triste quando ouço essa estatística, mas para mim é uma experiência diferente. Para mim, uma atitude positiva tem sido a maior ferramenta contra a doença de Ménière.”

A participação do padre Fábio de Melo no programa Altas Horas, da TV Globo, no último sábado motivou uma série de críticas a sua aparência nas redes sociais. Internautas chamaram atenção para seu rosto inchado, em geral sugerindo que ele teria feito harmonização facial. Em pouco tempo, uma enxurrada de memes tomou o Twitter. O religioso rebateu os comentários maliciosos e revelou ter sido diagnosticado com a Síndrome de Ménière.

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