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Educação Só 5% dos médicos formados no exterior passaram no Revalida

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A sétima e mais recente edição do Revalida registrou a pior taxa de aproveitamento dos candidatos. (Foto: Reprodução)

A sétima e mais recente edição do Revalida registrou a pior taxa de aproveitamento dos candidatos: só cinco em cada 100 médicos interessados em atuar no País conseguiram as notas exigidas pelo exame em 2017. Dos 7.379 médicos inscritos para validar os diplomas, 4.267 são brasileiros formados no exterior. As informações são do portal de notícias G1.

Os dados, obtidos com exclusividade pelo G1, mostram que só exatos 5,27% dos 7.379 participantes foram aprovados. Um total de 963 médicos formados no exterior foram considerados aptos na primeira etapa do processo, e 941 fizeram as provas de habilidades clínicas da segunda etapa. Entretanto, apenas 389 passaram e conseguiram do governo federal a autorização para validar seus diplomas e exercerem a medicina no Brasil.

Em maio, o Ministério da Educação criou um grupo de trabalho com representantes da pasta, do Ministério da Saúde e membros de entidades nacionais da área médica para avaliar o programa.

Um dos representantes ouvidos pelo G1 afirmou que, até agora, duas reuniões presenciais foram realizadas e que uma minuta está em fase de elaboração para ser discutida em julho, em encontro ainda não agendado.

Segundo ele, a única definição é que o Revalida terá continuidade, mesmo que em moldes distintos do que foi concluído no mês passado.

Em crise desde 2017

Criado em 2011 para centralizar o processo de validação de diplomas médicos emitidos por universidades estrangeiras, o Revalida entrou em 2017 em um período de crise que durou dois anos.

Com um aumento exponencial da demanda de participantes, o programa viu o número de candidatos que de fato eram aprovados cair quase na mesma proporção.

Insatisfação

Entre 2011 e 2017, o Revalida conseguiu cumprir o cronograma estabelecido nos editais: primeiro, os participantes fazem uma primeira etapa com uma prova de 110 questões de múltipla escolha e cinco questões discursivas. Depois, os aprovados são submetidos a uma segunda etapa, com dez testes práticos de habilidades clínicas.

Em 2017, apesar de não ter mudado sua metodologia, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) se deparou com 1.337 ações judiciais de candidatos que tiveram a inscrição indeferida e ficaram sem autorização para participar do exame.

Em alguns casos, o problema era que o edital do Revalida só aceitava, entre a documentação exigida, o diploma emitido pelas instituições, com carimbos e certificações. Como o documento às vezes leva meses para ser emitido e ainda precisava ser enviado até o Brasil, muitos candidatos entraram na Justiça para tentar participar da prova apenas apresentando certificados de conclusão do curso ou protocolos.

Além disso, o Revalida é um exame que exige duas licitações de contratações: terminada a primeira etapa, com os resultados consolidados, é preciso fazer a contratação novamente da execução da segunda etapa, que inclui o uso de bonecos e até atores para encenar situações cotidianas da clínica médica, nas quais os candidatos deverão fazer exames e diagnósticos, sempre filmados em vídeo, para garantir que possam entrar com recurso em caso de reprovação.

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https://www.osul.com.br/so-5-dos-medicos-formados-no-exterior-passaram-no-revalida/ Só 5% dos médicos formados no exterior passaram no Revalida 2019-07-04
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