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Colunistas Soberba

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

“Congresso, Inimigo do Povo” é uma palavra de ordem equivocada dos lulopetistas e governistas, a pretexto de reação contra as apelações pilantras dos políticos lotados em Brasília contra o governo Lula.

Lá naquele ambiente tóxico, é verdade, “trabalham” muitos inimigos do povo – oportunistas, interesseiros, demagogos, fascistas e fascistoides, corruptos – mas não é o Congresso o inimigo do povo. O Congresso, por desqualificado que seja – como o atual – é um pilar da democracia.

Ou bem as leis se fazem abertamente, à luz do dia, na claridade das luzes das sessões noturnas e pela representação popular ou elas se fazem em gabinetes soturnos das ditaduras. Nas democracias elas são apresentadas, discutidas e votadas pela representação popular.

Se fosse para ser mais exato, mais didático, mais construtivo, para ser republicano e instrutivo deveria ser “este Congresso, por maioria, é inimigo do povo”.

Claro que nos episódios recentes, e particularmente neste do IOF, as casas do Congresso exageraram nos golpes na linha abaixo da cintura. O parlamento critica, fiscaliza, corrige, mas não pode impedir o governo de governar. Estava em curso um diálogo entre o Legislativo e o Executivo, mas ao que parece os bedéis Hugo Motta e Alcolumbre resolveram aplicar uma corrigenda no governo e do nada, precipitaram as coisas.

A palavra de ordem “Congresso Inimigo do Povo” está errada, mas é direito do governo, do partido do governo e dos seus aliados reagir como pode, diante de ataques predatórios. E aconteceu o que ninguém esperava: a reação era tão justificável que pegou as oposições de calça curta. E pela primeira vez o governo venceu um embate nas redes sociais, Foi na mosca o tiro de retaliação.

O erro das oposições foi o da soberba. No IOF, acharam que estavam lidando com um cachorro morto. E olhando assim, na perspectiva, parecia isso mesmo. Aliás, no grande plano, é também o erro do governo e do PT, a soberba, a ideia de que se move por intenções nobres e elevadas, e se alguém se opõe é por má-fé.

Congresso, “Inimigo do povo” é errado, mas na política é assim: tudo precisa ser reduzido, deve-se escapar das definições complexas (como se dá na vida real), traduzir em poucas palavras, ainda que elas exorbitem do seu sentido.

Os deputados, senadores, os políticos passearam um pouco pela avenida dos contentes, traduzindo certas demandas da sociedade no maior sossego. Mas a bronca sempre foi contra a política e os políticos. Se engana quem pensa que a rejeição está superada. Basta ver que as manifestações convocadas pelo bolsonarismo estão cada vez mais esvaziadas.

Por que diabos a plateia iria aplaudir um Congresso que trava um aumento de impostos (IOF), o que é positivo, e ao mesmo tempo quer aumentar o número de deputados e a verba dos partidos? É preciso ter um desprezo profundo, senão pela ética pública, pela inteligência dos eleitores.

Por que diabos um Congresso que lambuza os beiços nas emendas secretas, delas não abre mão, enfrenta a lei, o STF e tempestades da hora para mantê-las intactas – e se possível aumentá-las – vai merecer o apreço e a consideração do distinto público?

(titoguarniere@terra.com.br)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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