Terça-feira, 04 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de fevereiro de 2021
A caminho de Marte desde julho de 2020, a sonda chinesa Tianwen-1 está próxima de entrar na órbita do planeta. De acordo com informações da Administração Nacional do Espaço da China (CSNA), o rover chinês iniciará manobras de desaceleração por volta de 10 de fevereiro, até ser captado pela gravidade do planeta vermelho.
“Durante a operação, os sistemas de orientação, navegação e controle desempenharão os papéis principais, pois serão responsáveis por calcular e ajustar cada manobra”, aponta Bao.
Por outro lado, se a manobra para entrar na órbita do planeta for bem-sucedida, a sonda chinesa deve iniciar a tentativa de pouso — programada para maio deste ano. O alvo preestabelecido para a aterrissagem é a planície Utopia, no hemisfério norte de Marte.
No Espaço há quase 24 semanas, o rover chinês já percorreu mais de 300 milhões de quilômetros e, segundo a agência espacial chinesa, estava a “apenas” 8,3 milhões de quilômetros do planeta vermelho em 3 de janeiro.
Objetivos
Uma vez em solo marciano, o rover chinês deve investigar as características da superfície (como morfologia, geologia e minerais encontrados). Para verificar a distribuição potencial de água-gelo, o veículo vai usar o Radar de Exploração de Subsuperfície.
Além disso, o Tianwen-1 analisará o clima, o ambiente e o campo magnético de Marte. A sonda deve se juntar ao rover Perseverance Mars 2020, da Nasa, e ao orbital Hope Mars, dos Emirados Árabes Unidos, que devem chegar ao planeta vermelho ainda em fevereiro.
Foto
A sonda espacial enviou também na sexta a sua primeira imagem do planeta vermelho, informou CNSA.N A primeira foto recebida na Terra do planeta vermelho parece mostrar um conjunto gasoso e o que parecem ser crateras.
A imagem em preto e branco foi tirada a cerca de 2,2 milhões de quilômetros de Marte, de acordo com a agência espacial chinesa e mostra Valles Marineris (cânions próximos ao equador do planeta vermelho), Schiaparelli (uma vasta cratera) e a planície de Acidalia Planitia, especifica a CNSA.
Tianwen-1 é composta por três elementos: um orbitador (que irá girar em torno do astro), um módulo de pouso e um robô de controle remoto com rodas (encarregado de analisar o solo).
O robô contido na sonda será implantado em Marte em maio.
Pesando mais de 200 quilos, é equipado com quatro painéis solares e deverá funcionar por três meses.
A China espera fazer, nesta primeira tentativa independente de explorar Marte, quase tudo que os Estados Unidos realizaram em várias missões marcianas desde os anos 1960. Ou seja, colocar uma sonda em órbita, pousar um módulo e, em seguida, controlar um robô remotamente.