Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de março de 2020
"A gente luta pela igualdade social, econômica, profissional e política", disse a artista
Foto: Divulgação/TV GloboPara Sophia Abrahão, 28, falar sobre o Dia Internacional da Mulher, comemorado no último domingo (08), é algo que vai além de flores e rosas. A atriz prefere lembrar das lutas e conquistas sociais e políticas adquiras pelas mulheres ao longo dos anos.
Declaradamente feminista, termo do qual demorou para aceitar já que diz acreditar que ele remete à uma “estigmatização”, Sophia faz questão de ressaltar que a luta das mulheres é por igualdade, e não supremacia. “A gente não acredita em uma superioridade feminina. Esse discurso tirado de contexto é muito usado para nos atacar e atacar a nossa luta, então é sempre muito importante disso.”
A atriz também diz que um dos motivos para ter dificuldades de se denominar feminista, foi as críticas e opiniões alheias. “Nos colocam em uma caixa de radicais, histéricas, odiadas, iradas quando na verdade a gente está aqui apenas lutando pelos nossos direitos. A gente luta pela igualdade social, econômica, profissional e política.”
Engajada no assunto, ao mesmo tempo Sophia sente uma frustração de ainda ter que falar sobre os direitos e temáticas que na sua opinião deveriam ser “óbvias” para todos. “Eu fico muito feliz, muito otimista que esse tema esteja cada vez mais em voga. Ao mesmo é muito frustrante para mim ter que falar e ainda receber ataques por falar sobre temáticas que são óbvias, mas infelizmente ainda não são.”
Em relação à rivalidade feminina, a atriz não tem pudor em dizer que foi criada com determinadas opiniões sobre mulheres, como ela mesma cita como “mulher é interesseira, mulher é falsa, é competitiva.” “A gente tem conceitos tão enraizados, essa concorrência feminina é tão enraizada em nós mulheres que a gente precisa sim falar mais sobre isso e buscar uma mudança nesse sentido.”