Sexta-feira, 02 de maio de 2025

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Variedades Sucesso no Brasil, silêncio no exterior: os erros de artistas em busca de carreira internacional

Compartilhe esta notícia:

Wanessa Camargo apostou no pop internacional ainda nos anos 2000, mas esbarrou na falta de uma identidade artística clara e em uma gestão de imagem inconsistente. (Foto: Divulgação/Alexandre Pio)

De tempos em tempos, nomes consagrados da música brasileira decidem mirar no mercado internacional. Lançam álbuns em inglês, assinam com gravadoras estrangeiras, participam de premiações e investem pesado em turnês fora do país. Mas, apesar da expectativa, poucos conseguem realmente se firmar lá fora — e muitos acabam voltando para o mercado nacional.

Para entender melhor por que essa travessia é tão difícil, a produtora executiva Vanessa Abreu, especialista em estratégias de carreira artística com atuação internacional, analisou os casos de artistas como Wanessa Camargo, Claudia Leitte, Sandy & Junior e Kelly Key — todos com enorme visibilidade no Brasil, mas com trajetórias internacionais que não decolaram.

“O que funciona aqui nem sempre funciona lá fora. O público internacional é exigente, e o artista precisa se adaptar culturalmente, linguisticamente e esteticamente. Não basta traduzir a música — tem que traduzir a proposta inteira”, explica Vanessa.

Onde foi que travou?

Wanessa Camargo apostou no pop internacional ainda nos anos 2000, mas esbarrou na falta de uma identidade artística clara e em uma gestão de imagem inconsistente.

Claudia Leitte chegou a lançar músicas em inglês e fez shows nos EUA, mas faltou continuidade e uma estratégia de marca bem definida.

Sandy & Junior gravaram um álbum em inglês e buscaram espaço nos mercados latino e norte-americano, mas enfrentaram barreiras culturais e dificuldade de reposicionamento.

Kelly Key fez turnês e gravou nos Estados Unidos, mas sem estrutura de distribuição global nem conexão real com o novo público.

Vanessa destaca que um dos maiores erros é tentar replicar no exterior o que deu certo no Brasil. “Já vi artista sair ovacionado em São Paulo e ser completamente ignorado em Londres. Lá fora, você precisa quase começar do zero — e muita gente não tem paciência ou humildade pra isso.”

O desafio de se conectar com outra cultura

Mesmo diante dos obstáculos, a produtora acredita no potencial da música brasileira no cenário global — desde que o movimento seja estratégico, planejado e com apoio de uma equipe multicultural.

“Mais do que cantar em outro idioma, é preciso entender a alma da cultura do país onde você quer atuar. Quando estudei espanhol, tudo mudou ao entender a essência da cultura mexicana. Com o inglês foi igual: só fluiu quando compreendi a raiz da cultura americana”, conta.

Ela cita o exemplo recente de Bruno Mars no Brasil, que encantou o público não apenas pelas músicas, mas por mergulhar de verdade na cultura local. “Ele brincou com o público como um carioca, usou gírias, dançou funk, foi à Lapa… Ele não só vestiu a camisa do Brasil — ele sentiu a cultura”, comenta.

Para ela, esse é o verdadeiro segredo do sucesso global: “Não basta esperar que o mundo compreenda a sua cultura. É preciso se conectar, se adaptar e descobrir o que faz o coração daquela cultura bater. É aí que tudo muda.” As informações são do portal O Globo.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Variedades

Gripe, resfriado ou Covid? Aprenda a diferenciar as doenças
Saiba até qual porcentagem celular deve ser carregado para bateria durar mais
https://www.osul.com.br/sucesso-no-brasil-silencio-no-exterior-os-erros-de-artistas-em-busca-de-carreira-internacional/ Sucesso no Brasil, silêncio no exterior: os erros de artistas em busca de carreira internacional 2025-04-20
Deixe seu comentário
Pode te interessar