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Política Supremo reforçará que Ministério Público só pode pedir dados de quem é formalmente investigado

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Além disso, o tribunal deve frisar que os pedidos precisam ser feitos por meio de um sistema eletrônico, com registro de quem fez a solicitação e as devidas justificativas

Foto: Carlos Moura/SCO/STF
Tribunal vetou "reaposentação", que é a renúncia a uma aposentadoria anterior para pedir uma nova, mais vantajosa (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

Na próxima quarta-feira (04), o STF (Supremo Tribunal Federal) vai reforçar em sua tese sobre o compartilhamento de dados de órgãos de controle que o MP (Ministério Público) só pode solicitar informações de pessoas físicas ou jurídicas formalmente investigadas em processos administrativos ou judiciais.

Além disso, o tribunal deve frisar que os pedidos precisam ser feitos por meio de um sistema eletrônico, com registro de quem fez a solicitação e as devidas justificativas.

Antes e durante o julgamento, ministros críticos da Operação Lava-Jato alegaram que procuradores e policiais vinham fazendo pedidos de dados por e-mail, sem formalização oficial, incluindo inclusive pessoas que não são alvo diretos de investigação.

Na avaliação dessa ala do STF, seria uma solicitação aleatória, que poderia ser usada como perseguição política. O Ministério Público e a Polícia Federal negam que isso estivesse acontecendo. No julgamento sobre o compartilhamento de dados, a possibilidade de o Ministério Público fazer requisições aos órgãos de controle chegou a ser debatida e questionada.

Ficou definido que os procuradores podem, sim, fazer esse tipo de requisição, mas apenas de dados que já estejam nas base de informações dos órgãos de controle, como a UIF (Unidade de Inteligência Financeira) e Receita Federal. Essas condições para que os pedidos possam ser feitos devem constar da tese a ser votada pelo STF na próxima semana.

Um dos motivos do julgamento sobre o compartilhamento de dados do antigo Coaf foi, exatamente, reclamações de ministros do STF de que procuradores e policiais estariam solicitando dados de pessoas que não eram formalmente investigadas, e que isso poderia se configurar em uma devassa de autoridades.

Durante as sessões do Supremo sobre o tema, porém, o procurador-geral da República, Augusto Aras, fez questão de dizer que isso não estava acontecendo e que não havia uma devassa da parte dos órgãos de investigação.

Na sessão que terminou nesta quinta-feira (28), o Supremo já definiu que é constitucional o compartilhamento de dados de órgãos de controle com o Ministério Público sem autorização judicial prévia. Inclusive de dados detalhados da Unidade de Inteligência Financeira, desde que já estejam nos arquivos do órgão.

Além disso, liberou o repasse, sem restrições, de informações e até de documentos da Receita Federal. Agora, o STF ainda precisa definir o que é chamado de tese, os parâmetros legais do compartilhamento, que deverão ser seguidos.

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