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Mundo Temor com o futuro faz famílias japonesas economizarem um terço de sua renda

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Quarenta e oito em cada 100 mil pessoas no país chegam a um século de idade. (Foto: Reprodução)

As famílias japonesas estão economizando um terço de sua renda disponível, muito embora seus ganhos tenham aumentado em razão da maior presença das mulheres na força de trabalho. Isso parece ser reflexo da ansiedade com os encargos previdenciários e custos futuros com a saúde.

Uma família com duas ou mais pessoas gastou, em média, 292.284 ienes (o equivalente a US$ 2.666) de sua renda disponível mensal no primeiro trimestre, uma alta de 1,9% em relação ao mesmo período do ano passado. É o que mostra uma pesquisa do governo divulgada em 10 de maio.

Esse pequeno aumento é resultado dos gastos maiores com reservas de hotéis e viagens registrados antes do feriado da Semana Dourada, de dez dias, entre o fim de abril e começo de maio. Mas o consumo está longe de ser vigoroso. Os gastos das famílias no período janeiro-março caíram 0,2%, com ajuste sazonal, em relação ao último trimestre de 2018.

“As pessoas estão segurando os gastos com itens desnecessários e não urgentes”, diz Koya Miyame da SMBC Nikko Securities. “O consumo deve ser considerado fraco.”

A tendência é evidente na maneira como as pessoas estão guardando uma parte significativa da renda. O superávit mensal, ou o total que sobra após gastos com domicílio, chegou a 30,8% da renda disponível no ano encerrado em março. Nesse período, uma família com dois ou mais membros teve renda mensal de 565.271 ienes, aumento de 0,5% sobre o ano anterior. Embora a renda esteja crescendo, à medida que mais mulheres entram no mercado de trabalho, as pessoas optaram por poupar mais, em vez de gastar.

“O fato de mais aposentados e esposas estarem trabalhando tem mais a ver com poupar para o futuro que com dinheiro para gastar agora”, diz Takuya Hoshino do Daiichi Life Research Institute. As pessoas estão preocupadas com previdência e gastos com saúde, diz.

Enquanto isso, salários ajustados à inflação caíram 2,5% no ano encerrado em março, segundo dados preliminares do governo. As perspectivas econômicas continuam incertas em razão de fatores como a longa disputa comercial entre os Estados Unidos e a China.

Crescimento inesperado

economia do Japão registrou crescimento inesperadamente no primeiro trimestre, indo contra expectativas de contração na terceira maior economia do mundo, cujo avanço foi impulsionado pelas exportações líquidas e forte descenso nas importações, o maior em uma década.

A expansão foi provocada principalmente pelo fato de as importações terem caído mais rápido do que as exportações, provavelmente refletindo a demanda doméstica fraca, ponto de preocupação para autoridades com uma alta de imposto sobre vendas planejada para entrar em vigor em outubro.

Destacando o desafio estão ainda o consumo privado e os gastos de capital, que caíram no primeiro trimestre, enquanto as exportações sofreram a maior queda desde 2015.

O PIB (Produto Interno Bruto) do Japão cresceu a uma taxa anualizada de 2,1% no primeiro trimestre, mostraram dados divulgados pelo Escritório do Gabinete nesta segunda-feira, contra expectativas do mercado de contração de 0,2%. Entre outubro e dezembro, a economia japonesa expandiu 1,9%, de acordo com dados revisados.

A expansão do PIB foi provocada principalmente pela queda de 4,6% das importações, maior recuo em uma década e acima das perdas de 2,4% das exportações.

Uma vez que as importações caíram mais do que as exportações, as chamadas exportações líquidas ou embarques menos importações somaram 0,4 ponto percentual ao crescimento do PIB, mostraram os dados.

O consumo privado caiu 0,1% e os gastos de capital recuaram 0,3%, jogando dúvidas sobre a visão das autoridades de que a demanda doméstica sólida irá compensar os problemas com a desaceleração das exportações.

Os dados do PIB são divulgados no momento em que o indicador econômico coincidente do governo sinalizou a possibilidade de o Japão estar em recessão, já que as exportações e a produção industrial foram atingidas pela desaceleração da China e pela guerra comercial entre Pequim e Washington.

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