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Mundo Testes em massa explicam o baixo índice de mortes por coronavírus na Alemanha

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A cada 100 mil cidadãos alemães, 33 têm a doença. O total de mortes está em 114. (Foto: Reprodução)

O número relativamente baixo de mortes na Alemanha pelo novo coronavírus se deve em boa parte à ampla quantidade de testes realizados no país, o que significa que as autoridades estão mais cientes das infecções, incluindo as mais leves, disse um importante virologista.

Falando no lançamento de uma aliança apoiada pelo governo para promover a pesquisa sobre o vírus, Christian Drosten — um pesquisador em virologia de Berlim — afirmou nesta quinta-feira (26) que a Alemanha está realizando “números extremamente altos” de testes, com média de cerca de 500 mil por semana.

Exemplo

Os números de casos de coronavírus na Alemanha aumentam a cada dia. Mesmo assim, a nação mais populosa da União Europeia tem sido referência na administração da doença, pelo fato de a quantidade de mortes não crescer na mesma velocidade que em outros países, incluindo vizinhos como a Itália e a Espanha. Isso apesar de a chanceler Angela Merkel não ter estabelecido um toque de recolher, como fizeram outros povos, incluindo vários com menos casos da Covid-19. Na terça-feira (24), o Instituto Robert-Koch registrou 27.463 infectados na Alemanha, 4.764 a mais que no dia anterior.

A cada 100 mil cidadãos alemães, 33 têm a doença. O total de mortes está em 114. De acordo com o instituto, a média de idade dos infectados é de 45 anos, e a dos que morreram, de 82 anos.

Em entrevista transmitida pela internet na segunda-feira (23), o presidente do Instituto Robert-Koch, Lothar Wieler, respondeu a perguntas de jornalistas enviadas eletronicamente. Um ponto positivo da gestão alemã é que as autoridades consultam constantemente especialistas de saúde de instituições públicas como representada por Wieler, deixando-se influenciar pelas recomendações. Há semanas, ele e representantes do governo alemão batem na tecla de que o vírus continuará a se espalhar e que a melhor estratégia é retardar o avanço.

“A epidemia continua a avançar em todo o mundo. Na Alemanha, como esperado, cresce o número de casos”, comentou. “Ainda é cedo para ver resultados concretos, mas percebemos uma tendência de que a curva de crescimento da doença começa a se achatar. Estou otimista de que as medidas tomadas comecem a fazer efeito.” O governo alemão tem endurecido gradativamente a maneira de lidar com a doença. Nesta semana, começou a valer a proibição para reunião com mais de duas pessoas. Todos os restaurantes foram fechados, exceto para entregas. Foi proibido o funcionamento de comércios não essenciais. Apesar disso, os moradores podem sair de casa para fazer esportes, tomar ar, trabalhar e fazer compras de supermercado.

Na avaliação de Wieler, as medidas são importantes, mas é preciso tomar outras para aumentar o distanciamento social. “A mobilidade na Alemanha reduziu, mas não o suficiente”, aponta. A taxa de mortalidade do novo coronavírus no país, em comparação com o número de casos, é inferior à do Brasil. Para alcançar esse resultado, Lothar Wieler destacou a importância de identificar o maior número de doentes o mais cedo possível para isolá-los, além de testar as pessoas que tiveram contato com eles e colocá-las em quarentena. “Temos, na Alemanha, uma grande capacidade de testes, e ela está sendo continuamente aumentada”, informou Wieler. As unidades de saúde conseguem realizar 160 mil exames por semana.

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https://www.osul.com.br/testes-em-massa-explicam-o-baixo-indice-de-mortes-por-coronavirus-na-alemanha/ Testes em massa explicam o baixo índice de mortes por coronavírus na Alemanha 2020-03-26
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